De onde vem a força que sustenta o pastor no cargo?
Mergulhado em denúncias, o pastor impostor ainda se mantém no cargo. Como isto é possível?
12/06/2015 às 13:50 Ler na área do assinanteDesmoralizado, sem voto, sem carisma, impopular e incompetente, o pastor consegue às duras penas se manter no cargo. Como?
Uma coisa me parece bem clara, o pastor não tem as mínimas condições intelectuais e morais de ficar a frente do executivo municipal de Campo Grande.
Hoje, ele que nunca foi bem cotado, não tem mais o respeito de ninguém... Absolutamente, ninguém. Nem mesmo da própria esposa.
E, por incrível que pareça, é justamente esta falta de respeitabilidade, inteligência e moral que o mantém no cargo.
Parece contraditório, mas é absolutamente lógico e verdadeiro.
O pastor assumiu a prefeitura através de um mal fadado golpe, engedrado por um contingente enorme de pessoas que não se conformavam com o novo ritmo de trabalho desenvolvido pelo prefeito que venceu a eleição de 2012.
A começar pelos vereadores, que durante dezesseis anos mantiveram na prefeitura um verdadeiro cabide de emprego para seus apaniguados, além de inúmeras vantagens ilícitas; Empresários, que se enriqueceram às custas de mal feitos obtidos nas gestões dos dois médicos; Uma classe política raivosa, que só pensa em somar se obtiver algum tipo de vantagem. Membros do Poder Judiciário, que de alguma forma estão sendo beneficiados e, assim sendo, não permitem que os processos que poderiam reverter a atual situação, tenham a sua tramitação normal. E, por fim, quase a totalidade da imprensa de Mato Grosso do Sul, que só sabe sobreviver na dependência de verbas oficiais.
O impostor, desde a posse, nunca teve o comando de coisíssima nenhuma. O secretariado foi todo composto pelos participantes do golpe, vereadores, pessoal do Judiciário e peemedebistas ligados a André e Nelsinho. Cada um dos golpistas só pensava em tirar a sua lasquinha, recuperar o que entendiam ter sido "o tempo perdido". A prefeitura virou uma verdadeira "Casa de Mãe Joana", um cenário prostituído, que persiste até hoje.
Assim, o pastor se sustenta no cargo, justamente porque cada um faz o que quer e todos ainda estão lucrando.
Só quem perde é a população, os servidores municipais e a cidade, mas isto é o que menos interessa para a turma de abutres.
José Tolentino
Editor do Jornal da Cidade Online
José Tolentino
Jornalista. Editor do Jornal da Cidade Online.