Morreu nesta terça-feira (16) no Rio de Janeiro, o principal dirigente do esporte brasileiro em todos os tempos e ex-presidente da Fifa, Jean-Marie Faustin Goedefroid de Havelange, o João Havelange.
Advogado, por formação, desde cedo dedicou-se aos esportes.
Era um atleta de alto nível: praticava natação, pólo aquático e futebol, entre outras modalidades.
Disputou sua primeira Olimpíada em 1936, em Berlim, como nadador. Voltaria a participar dos Jogos quase duas décadas depois, em Helsinque-1952, como integrante da equipe brasileira de polo aquático.
Como dirigente esportivo, iniciou presidindo as federações de natação de São Paulo e do Rio. Foi também executivo da Viação Cometa, empresa de transporte rodoviário.
Em 1952 foi eleito vice-presidente da CBD, a antiga Confederação Brasileira de Desportos.
Em 1956 assumiu a presidência da CBD, cargo que ocupou até 1974. Nesse período, o Brasil conquistou suas três primeiras Copas do Mundo.
Deixou a CBD para assumir o comando do futebol mundial, presidindo a Fifa. Foi o primeiro não-europeu na função, iniciando um ambicioso processo de expansão da Fifa. Havelange e levou a Fifa superar a ONU em número de países-membros.
Transformou a Fifa num grande negócio, graças, principalmente, à Copa do Mundo. Assumiu com o caixa vazio; ao se despedir, a Fifa tinha patrimônio estimado em 4 bilhões de dólares.
Junto com o dinheiro, vieram denúncias de corrupção e suborno para que se mantivesse a frente da entidade.
Nos últimos anos, estava afastado dos bastidores do esporte, sob cuidados médicos.
da Redação