A progressiva "contaminação" neomarxista, progressista, que assola a América do Sul, e que já vitimou países como a Argentina, Bolivia, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, acaba de ter mais uma importante, "vitória", "desgraça", no Chile, nesse domingo, 19 de dezembro de 2021.
O ex-líder estudantil, Gabriel Boric, daquele mesmo tipo politicamente "depravado" que as universidades costumam "soltar", venceu as eleições presidenciais chilenas, passando a representar mais um governo esquerdista na América do Sul, reforçando a meta de fazer do continente o que chamam de "Pátria Grande", a maior bandeira socialista preconizada pelo então Foro San Pablo, fundado por Fidel Castro e Lula da Silva em 1990.
O que mais impressiona nesse resultado eleitoral é que o Chile se constitui no país que tem a classe média relativamente mais numerosa da América do Sul, com 67% da sua população nessa categoria, mas que tem ao mesmo tempo a memória mais curta de todas, ignorando, seja pela memória, seja pelo desconhecimento da sua história mais recente, o verdadeiro desastre que foi a eleição de 1970 no Chile, que escolheu o socialista Salvador Allende para governá-los..
"Passo a passo", as próximas metas eleitorais da esquerda na América do Sul, após a conquista do Chile, objetivarão a "tomada de poder" (como diria José Dirceu), no Brasil, Paraguai e Colômbia.
Esses nefastos resultados apontados pela urnas na América do Sul, e que também ameaçam o Brasil para outubro de 2022, força a que façamos uma análise mais minuciosa no sentido de saber se esse modelo, a que erroneamente se acostumaram a chamar de "democracia", seria realmente "democracia", ou então o que seria essa "coisa"?
Vamos pedir socorro a grandes pensadores para dirimir essa "quaestio". O filósofo francês Joseph-Marie de Maistre afirmava que "cada povo tem o governo que merece". Por seu turno, o pensador brasileiro Nelson Rodrigues garantia que "a maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas, que são a maioria da humanidade". E "reforçando: Os idiotas vão tomar conta do mundo, não pela capacidade, mas pela quantidade, eles são muitos".
Mas o geógrafo e historiador grego da Antiguidade, Políbio, concebeu a prática de um modelo político que seria a deturpação completa da democracia, ao que ele chamou de "oclocracia".
Nessa prática degenerada de democracia, a pior escória da sociedade era levada a fazer política, às custas de uma massa ignara e desprovida de consciência política verdadeira.
E quando se observa mais de perto a realidade política moderna de grande parte do mundo, servindo de exemplo os sete países da América do Sul tomados pela esquerda, e antes citados, observa-se com clareza solar que as "oclocracias" locais foram preenchidas justamente por representantes da ideologia esquerdista. Por gente que não gosta de trabalhar e prefere viver às custas do trabalho e da produção dos outros.
Que "discursam" como ninguém, mas não trabalham e não produzem nada. Que só "produzem" discurso e política.
É a esse "tipo" de gente que os brasileiros gostariam de se submeter em outubro de 2022?
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Sérgio Alves de Oliveira
Advogado, sociólogo, pósgraduado em Sociologia PUC/RS, ex-advogado da antiga CRT, ex-advogado da Auxiliadora Predial S/A ex-Presidente da Fundação CRT e da Associação Gaúcha de Entidades Fechadas de Previdência Privada, Presidente do Partido da República Farroupilha PRF (sem registro).