Randolfe revela farra gastronômica durante a CPI e acha graça, em verdadeiro escárnio com a cara do cidadão (veja o vídeo)

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Em entrevista ao Portal Metrópoles, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) revelou como eram realizadas as reuniões no início de cada semana, para tratar da CPI da Pandemia, ocorrida no senado entre maio e outubro deste ano.

Randolfe foi o vice-presidente do colegiado, ao lado de Omar Aziz (PSD-AM), que presidiu, e do relator, o senador Renan Calheiros (MDB-AL).

“Durante a CPI chegávamos em Brasília na segunda-feira e tinha o que a gente chamava de bacalhau do Omar, porque a gente ia para casa do Omar para definir a estratégia. Aí na primeira segunda-feira, foi bacana, e na segunda também foi bacana. Mas aí teve na terceira e na quarta-feira… foram três meses de bacalhau do Omar. Daí nós prorrogamos a CPI e foram mais três meses de bacalhau do Omar”, contou Randolfe, enquanto arrancava risos dos entrevistadores e se divertia.

Realmente, não podemos discordar de que se trata de um fato engraçado e até curioso do ponto de vista da situação vivida pelos personagens, no tal bacalhau do Omar, mas ficam aqui alguns pontos que precisam ser destacados.

O ‘bacalhau do Omar’ foi certamente uma verdadeira farra gastronômica que, como bem afirmou Randolfe Rodrigues, durou seis meses… seis meses ‘tirando onda com a cara do cidadão’.

Em uma rápida pesquisa de preços pela internet, em redes de supermercados do Distrito Federal, é possível confirmar que o preço de 1Kg de bacalhau sai, em média, por cerca de R$ 100,00, podendo chegar a até R$ 150,00 (alguém tem dúvida de que o que foi servido na casa do presidente da CPI era o de melhor qualidade?)

O outro ponto está nestas reuniões realizadas, segundo o senador Dpvat, ‘com o objetivo de estabelecer as estratégias’. Que estratégias seriam essas, senão a de buscar, ainda que com narrativas e falácias, formas de perseguir e incriminar o governo do presidente Jair Bolsonaro?

O leitor/eleitor entende, sem dúvida, que uma CPI deveria ter como objeto a investigação de fatos concretos, mediante análise profunda e isenta. Mas o que se viu foi um festival de ‘carteiradas’, perseguições e ameaças aos que não lhes ofereciam o que esperavam receber, em contraponto ao tratamento ‘Vip’ oferecido aos que estavam ali para confirmar suas obsessões arbitrárias.

A CPI não chegou a lugar algum, pois não conseguiu confirmar desvios de conduta ou corrupção no seio do governo, no âmbito das ações de combate à pandemia.

A CPI desviou seu foco inúmeras vezes e tratou de temas que jamais poderiam estar correlacionados à pandemia, como, por exemplo, nos momentos em que pediram a quebra de sigilo telemático e fiscal de diversos veículos de comunicação, como o próprio JCO.

A CPI deixou de investigar os inúmeros e verdadeiros escândalos de corrupção ocorridos pelo país, em uma verdadeira farra com o dinheiro público.

A CPI colaborou com esta farra, gastando milhões em centenas de depoimentos e ações esvaziadas, enquanto se divertia, comendo bacalhau toda segunda-feira e achando graça disso!

Confira no vídeo:

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Foto de Uélson Kalinovski

Uélson Kalinovski

Jornalista desde 1996, com especialização em Ciência Política e mais de uma década de experiência na cobertura dos temas nacionais, em Brasília.
Executivo da produtora UK Studios, em Jundiaí/SP.
ukalinovski@gmail.com / Uelson Kalinovski (Facebook e YouTube) / @uelsonkalinovsk (Twitter)

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