MP enquadra Lula em pleno período olímpico
05/08/2016 às 22:12 Ler na área do assinanteA petição do Ministério Público Federal é taxativa: o ex-presidente ‘participou ativamente do esquema criminoso’ na Petrobras.
E prossegue: ‘Considerando os dados colhidos no âmbito da Operação Lava Jato, há elementos de prova de que Lula participou ativamente do esquema criminoso engendrado em desfavor da Petrobras, e também de que recebeu, direta e indiretamente, vantagens indevidas decorrentes dessa estrutura delituosa’, afirmam com extrema contundência os procuradores.
Paralelamente, o MP defende a competência do juiz federal Sérgio Moro para julgar o ex-presidente.
Aliás, a cota dos procuradores é um verdadeiro ‘balde de água fria’ na ofensiva da defesa de Lula que, em exceção de incompetência, alega parcialidade do juiz Moro para conduzir as investigações contra o ex-presidente.
Na realidade, a defesa de Lula tenta desesperadamente levar os fatos delituosos que envolvem a aquisição e reforma de imóveis nos municípios de Atibaia e Guarujá e a realização de palestra contratadas pela L.I.L.S Palestras, para a comarca de São Paulo. Tentam fugir de Moro. Não conseguirão.
Os procuradores Julio Carlos Motta Noronha, Roberson Henrique Pozzobon, Jerusa Burmann Viecili e Athayde Ribeiro Costa, demonstrando incontestável lucidez, complementam: ‘Contextualizando os fortes indícios, diversos fatos vinculados ao esquema que fraudou as licitações da Petrobras apontam que o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) tinha ciência do estratagema criminoso e dele se beneficiou’.
E observam que Lula, em recente depoimento à Polícia Federal, ‘reconheceu que, quanto à indicação de Diretores para a Petrobras ‘recebia os nomes dos diretores a partir de acordos políticos firmados’.
E arrematam: “Ou seja, Lula sabia que empresas realizavam doações eleitorais ‘por fora’ e que havia um ávido loteamento de cargos públicos. Não é crível, assim, que Lula desconhecesse a motivação dos pagamentos de ‘caixa 2’ nas campanhas eleitorais, o porquê da voracidade em assumir elevados postos na Administração Pública federal, e a existência de vinculação entre um fato e outro”.
Ainda segundo os procuradores, ‘a estrutura criminosa perdurou por, pelo menos, durante uma década’.
Fica demonstrado que a situação do ex-presidente é dramática.
No desespero, seus advogados articularam um estratagema repugnante, afrontando a tudo e a todos, ao juiz, ao STF e ao Brasil.
da Redação