“Nunca vi um asno falar como um homem, mas já vi muitos homens falarem como um asno”. (Heinrich Heine).
Mistérios rondam a humanidade e quase nunca são explicados. Um exemplo desses mistérios é a retirada de uma obra de arte, mais precisamente a escultura de um touro, das ruas da cidade de São Paulo. Outro é a permanência de uma escultura parecida, só que em bronze, nas ruas de Nova York e um terceiro é o nascimento de matadores de esculturas de touros no Brasil.
O touro de Nova York foi esculpido em bronze e instalado em Wall Street após a crise financeira de 1987, pelo artista italiano Arturo di Modica, que financiou a obra de seu próprio bolso - gastou cerca de US$ 350 mil - e a instalou ilegalmente em frente à Bolsa de Valores de Nova York.
“O escultor transportou sua criatura em um caminhão em dezembro de 1989 e a deixou sob uma árvore de Natal. Foi seu presente para os nova-iorquinos, como um símbolo da força e poder do povo americano”.
O touro brasileiro, inspirado no touro de Nova York, apareceu nas ruas da capital paulista em 16 de novembro de 2021. O responsável pela escultura do “Touro de Ouro”, foi o artista plástico e arquiteto Rafael Brancatelli, que afirmou o significado da peça: - "simboliza o mercado financeiro e a força do povo brasileiro".
O touro de Nova York é feito de bronze. O touro brasileiro foi confeccionado como “uma estrutura metálica tubular e múltiplas camadas de fibra de vidro de alta densidade e finalizada com pintura dourada anticorrosiva”.
Incomodados e despeitados pela iniciativa do artista, os “canhotas” de todos os matizes se fantasiaram de “Centauros” (a palavra centauro vem do grego e significa “matador de touros”) que com seus cascos começaram uma campanha pela morte do touro que “simbolizava a força do povo brasileiro”.
Liderados pela colunista Vera Magalhães, de O Globo, que chamou a obra de: “Uma réplica cafona e dourada do Charging Bull”, iniciando uma onda de protestos e memes nas redes sociais. Alguns chamavam o touro de "Vaca Louca do Anhangabaú"; outros de o "Touro da Cracolândia".
- “Manifestantes do “SP Invisível” fizeram um churrasco em frente à escultura. No dia seguinte, o “Touro de Ouro” amanheceu com um lambe-lambe colado no dorso no qual se lia: "Fome".
O coletivo “Juntos”, um movimento de base do PSOL, pichou o touro com os dizeres “Taxar os Ricos”.
“Essas agressões a escultura fizeram a empresa colocar seguranças para garantir a preservação da obra. Das 21h às 6h, ela ainda passou a ficar protegida sob uma lona e cercada por grades”.
A escultura do touro dourado foi financiada pela B3 em parceria com o economista e educador financeiro Pablo Spyer, idealizador da obra.
Dezenas de reportagens negativas sobre a obra de arte foram publicadas pelos jornalistas de esquerda nos veículos de comunicação.
Nesta quarta-feira, pressionada, a Prefeitura de São Paulo, determinou a remoção da escultura “Touro de Ouro”, alegando que “escultura só foi a autorizada em caráter temporário e não foi submetida à Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), órgão da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) que regula e autoriza a implantação de esculturas, estátuas e mobiliário urbano temporários na capital paulista”.
Não custou um centavo aos cofres públicos.
O Centauro (matador de touro), na mitologia grega, aparece como uma criatura híbrida com cabeça, braços e dorso de um ser humano e com corpo e pernas de cavalo, alimenta-se de carne crua. Aparecem sempre em bandos.
“Eles representam o instinto animal em junção com a inteligência humana, metáfora das ações dos homens numa situação de perda de controle”.
Na atualidade foram suavizados por alguns autores:
- “Nos livros de C.S. Lewis, As Crônicas de Nárnia, os centauros são retratados como criaturas sábias e nobres. Na série de J.K. Rowling, Harry Potter, os centauros são retratados como seres inteligentes e orgulhosos. Nos livros de Percy Jackson e os Olimpianos, de Rick Riordan, o centauro Quíron é treinador dos heróis. Na série Fablehaven, de Brandon Mull, os centauros são retratados como um grupo orgulhoso e elitista de seres que se consideram superiores a todas as outras criaturas. No livro de Michael Ende, A História Sem Fim, há Cairon, um centauro sábio”.
Os “Centauros Marxistas Brasileiros”, mais cavalos do que homens, brutos, grosseiros, agressivos, cheios de ideologia, negaram tudo isso: com as quatro patas “mataram” o “Touro de Ouro” e comeram a carne crua, provando a si mesmos que nunca evoluíram.
A Rua XV de Novembro, em São Paulo, onde o “Touro de Ouro” ficava, orgulhosamente, agora está vazia. Limpa. Deserta. Sem nada que represente a força do povo brasileiro.
Morte e vazio, símbolos da esquerda sem noção.
A Rua Wall Street, em Manhattan, Nova Iorque, onde se localiza a bolsa de valores, o “Touro de Bronze” é uma das atrações mais visitadas pelos turistas. É reconhecida no mundo dos negócios como um símbolo de sorte. Diz a lenda que coçar o focinho, agarrar seus chifres ou testículos traz sucesso.
Disse alguém nas redes sociais, protestando:
- “Pessoas do mundo todo vão até NY conhecer o touro de Wall Street … No Brasil, uma tentativa da B3 é barrada pela prefeitura municipal… Isso é tudo que você precisa saber para entender a razão pela qual o Brasil não prospera” …
Nota: As informações contidas no texto estão baseadas em dezenas de reportagens de jornais brasileiros sobre o assunto, tais como Folha, O Globo, Estadão e ainda em diferentes mídias sociais, blogs e Wilkipedia.
Carlos Sampaio
Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)