Desconheço detalhes da carreira da atriz Letícia Sabatella, sei apenas que no momento está sem contrato com a Rede Globo. Um problema que é só dela.
Por outro lado, é plenamente perceptível, que ela nutre uma relação muito próxima dos principais líderes petistas. Talvez por isto, tenha sido generosamente agraciada com valores milionários através da Lei Rouanet. Sobre isto, espero apenas que a grana tenha sido utilizada de maneira lícita.
Nunca fiz qualquer manifestação contra artista, mas reconheço que eles vivem num mundo diferente, fora da realidade, desconectados dos problemas das pessoas comuns.
Por isso que entendo que opinião política de artista não deve ser levada a sério.
Antigamente, quando os tais ‘showmícios’ eram permitidos, artista apoiava quem pagava cachê, e o fazia descaradamente.
Atualmente, os artistas que se arvoram na política, o fazem por interesses meramente pessoais. São raríssimas as exceções.
Foi-se o tempo em que o artista contemplava o sentimento popular, hoje, diferentemente da lição de Milton Nascimento, o artista não vai mais aonde o povo está...
E, lamentavelmente, quando vai, o faz para para tripudiar, como fez Letícia Sabatella em Curitiba.
A atitude de Sabatella foi de torpeza. Fez para afrontar e contrapôs os seus interesses pessoais à esperança de brasileiros anônimos, que estavam lá para gritar ‘Fora Dilma’.
‘Fora Dilma’ porque sofrem com o desemprego, com a inflação e com a corrupção que se alastrou, virou prática comum no país, mas felizmente vem sendo desvendada pela Operação Lava Jato.
Sabatella agora procura através de vídeos e fotos identificar os anônimos. Quer processá-los e ser indenizada.
Nesse mundo da vida real, a atriz faz o papel de grande vilã.
Ernesto Borges de Barros
Professor em Curitiba (PR)
da Redação