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Lula, acuado pelos fatos, em depoimento ao MP, admite ‘conversa’ com Delcídio sobre situação de Cerveró
02/08/2016 às 00:18 Ler na área do assinante
No primeiro processo em que se tornou formalmente réu, que tramita na 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília-DF, em depoimento prestado ao Ministério Público Federal, ainda na fase de inquérito, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve que admitir que manteve conversas sobre os desdobramentos do esquema de corrupção da Petrobras com o ex-senador Delcídio do Amaral.
Lula, sob evidente pressão das perguntas, advindas da minuciosa delação do ex-senador, também teve que admitir que as conversas versaram sobre a prisão de Cerveró. Porém, segundo ele, porque Delcídio estava ‘preocupado com as pessoas que estavam presas por ser amigo delas’.
A justificativa de Lula é patética. Não convence ninguém, sobretudo quando ele também admite que foram três ou quatro reuniões sobre o assunto.
Ora, convenhamos, quem se reúne ‘três ou quatro vezes’ para discutir sobre a prisão de um corrupto, evidentemente também está extremamente preocupado com o assunto.
Aliás, as ‘três ou quatro’ reuniões admitidas por Lula, corroboram a versão de Delcídio, de que foi o ex-presidente quem tramou e orientou a tentativa de ‘compra’ de Cerveró.
Há quem diga que, diante das evidências já apuradas, esse processo deverá representar brevemente a 1ª condenação do ex-presidente.
Vamos aguardar.
Gonçalo Mendes Neto
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