Preparadora de elenco de Wagner Moura é denunciada por abusos e tortura

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Fátima Toledo é uma preparadora de elenco e seu mais recente trabalho foi no filme Marighella, dirigido pelo engajadíssimo ator e diretor Wagner Moura. Em sua polêmica entrevista do programa Roda Viva, no dia 01/11, Moura cobriu Fátima de elogios:

“Eu a admiro muito, me ensinou muito. É uma parceira...”.

Foi o suficiente para que a atriz Denise Weinberg viesse a público denunciar que a tal preparadora – Fátima Toledo – não apenas era uma péssima profissional mas também uma sádica:

“Fui torturada. Botaram o pé na minha nuca e mandaram dizer que eu era uma merda. Ela falou na minha cara a merda de atriz que eu era, que não precisava de atrizes.
Eu tive sequelas, Falei da humilhação mas é uma violação dos direitos humanos. Tive hemorragia, perdi a voz” revelou Denise.

O relato da atriz (Denise Weinberg) não foi isolado, o dramaturgo Luiz Antonio Rocha endossou as palavras da colega e, como sempre acontece na ‘lacrosfera’, quando um quebra o silêncio, outras vítimas aparecem, os atores Drica Moraes (Verdades Secretas), Armando Babaioff (Bom Sucesso), Ernani Moraes (Chocolate com Pimenta) e Beth Goulart reforçaram as denúncias contra a tal ‘preparadora de elenco’.

Denise se preocupou em não generalizar a crítica:

“De maneira nenhuma estou generalizando os preparadores de cinema do Brasil. Esse é o método dela. [...] Nós temos preparadores ótimos que ajudam você, são delicados, te orientam e que ajudam com texto, palavras, ação, olhar. Não é pancadaria, não é acabar com minha autoestima para interpretar um papel. Isso é de uma ignorância típica do Brasil”.

Numa postagem em rede social a atriz também cobrou uma posição de Wagner Moura:

“Apesar de você morar em Los Angeles, a pior cidade do mundo para atores de teatro, talvez seja boa para ganhar dinheiro, não posso deixar batido sua opinião sobre Fatima Toledo [...] uma pessoa do mal que não entende nada sobre nosso ofício [...] suas condições barbaras de treinamento, dignas de uma fascista torturadora, não consigo entender sua defesa por esse ser...”.

E vai ladeira abaixo.

Vamos entender: Wagner Moura se orgulha de ser socialista mas mora na meca do capitalismo, com todo o luxo e segurança que só Los Angeles pode oferecer, ganha em dólar – na média 1,5 a 2 milhões de dólares por filme – cerca de 8 a 10 milhões de reais por projeto; emprega uma profissional que seus colegas chamam de ‘fascista e torturadora’ e ainda tem a cara de pau de vir reclamar do governo e do secretário nacional da cultura?

Ou seja, ele acha que o contribuinte brasileiro tem obrigação de manter o altíssimo padrão de vida que ele e a família dele tem lá nos Estados Unidos.

Nas palavras do Capitão Nascimento, esse Wagner Moura é um fanfarrão!

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Foto de Eduardo Negrão

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

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