O que a Lava Jato pode ter camuflado

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A Operação Lava Jato foi um momento histórico para o Brasil. Posso dizer que o despertar dos brasileiros, onde começamos a enxergar a política como assunto necessário e os políticos como pessoas comuns que precisam ser cobradas e vigiadas dia e noite, meros funcionários públicos.

Entretanto, a Lava Jato no decorrer de todo processo “Moro versus Lula” se transformou em uma saga que dividiu o país. Uns torciam pelo réu e outros torciam pelo juiz.

Mesmo a alta cúpula da justiça brasileira tinha sua torcida contra o juiz, o qual suscitou o desejo de justiça no brasileiro e o fez acreditar que, finalmente, os corruptos seriam punidos. Foi um momento crucial para políticos e justiça do Brasil.

A saga teve início com a descoberta de um posto de combustível que movimentou milhares de reais de forma ilícita.

Depois dessa descoberta, o desenrolar da história é permeado de investigações, prisões preventivas, conduções coercitivas, malas de dinheiro, delações premiadas, superfaturamentos em obras públicas, propinas, bloqueios de contas bancárias, escutas telefônicas, recuperação de dinheiro público e finalmente, o desgaste, tanto no âmbito político como no judiciário.

Ambos perderam a confiança do povo brasileiro.

A história da Lava Jato tem como principal destaque o juiz Sérgio Moro, que de um simples juiz de 1ª instância, desconhecido, passa a condição de herói nacional. O trabalho do juiz na operação Lava Jato era exemplar e ganhou o respeito de todos os brasileiros, a ponto de o juiz ser eleito uma das personalidades do ano, em 2019.

Nesse período o juiz já havia abdicado de sua função jurídica para aceitar o convite de ser Ministro da Justiça do atual governo, onde atuou até dia 24 de abril de 2020, quando pediu demissão alegando várias situações, dentre as quais que “precisava preservar sua biografia”.

Foi aí que houve uma reviravolta na vida do ex-juiz e na compreensão política do povo brasileiro, bem como o título de herói dado ao juiz passa a ser de “traidor da nação”.

E com o passar do tempo essa ocorrência vem sendo destrinchada de forma a mostrar o que realmente estava por trás das ações do então juiz ou ministro, da preservação da sua biografia, e agora, por último, da possível candidatura ao cargo de presidente da república.

Enquanto juiz, Sérgio Moro disse que 'jamais entraria para a política', contudo, não foi isso que ocorreu, pois, Moro está prestes a se filiar em um partido político para concorrer ao cargo mais cobiçado, presidente da república. Isso nos leva a pensar se essa já não era vontade do ex-juiz enquanto atuava na Operação Lava Jato. Tudo foi orquestrado?

Essa suspeita aumenta quando vemos o procurador da República Deltan Dallagnol, que atuou intensivamente na Operação Lava Jato, também abdicar de sua função, e ao que parece, para viver a vida política, possivelmente almejando uma cadeira no senado ou câmara federal.

As intenções reveladas pelo ex-juiz e pelo ex-procurador nos fazem questionar a quanto tempo isso vem sendo planejado e se foi por isso que alguns partidos políticos "escaparam” de investigações na Operação Lava Jato.

A história tem um contexto sinistro que pode nos fazer crer que certos juízes do Supremo tinham ou tem razão em apontar Sérgio Moro e Deltan Dallagnol como sujeitos da articulação de um plano político que pode levá-los aos mais altos cargos eletivos, deixando-os imunes de julgamento, por estarem protegidos pelo foro privilegiado.

Não estou aqui dizendo que o trabalho dos dois foi em vão na Operação Lava Jato, mas ficam os questionamentos:

Moro e Deltan usaram a Lava Jato para alcançarem seus objetivos políticos?

Houve articulação para prender uns e deixar outros soltos por interesse político?

Houve mudança de plano porque nem todos os “envolvidos” não estavam em consonância, tendo em vista que ladrões viraram inocentes?

Cabe aqui uma reflexão para que nós brasileiros fiquemos mais atentos naqueles que julgam, em suas opiniões e atitudes, bem como o compromisso com a nação.

A política é perversa para quem não tem interesse no assunto.

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Claiton Appel

Jornalista. Diretor da Ordem dos Jornalistas do Brasil.


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