Eurico Miranda polemiza e diz que não tem nada contra gays, e, sim, contra veados
Não é a primeira vez que o cartola vascaíno faz referência polêmica em relação a homossexuais
11/06/2015 às 11:22 Ler na área do assinanteEurico Miranda, presidente do Vasco, aprontou mais uma. Em entrevista a uma rádio do Rio de Janeiro na noite desta quarta-feira (10), o problemático cartola disparou uma série de palavrões e ofensas.
Em determinado momento, falou sobre homossexuais. E disse "não ter nada contra os gays", e, sim, contra os "veados".
- Eu não tenho e nem nunca tive nada contra gay. Eu tenho contra "veado". Gay é uma opção, "veado" é o que faz "veadagem". Eu sou contra "veado". E o "veado" não precisa ser gay para ser "veado" - disse.
A entrevista contou com a participação dos ouvintes, que puderam interagir com o estúdio e enviar perguntas a Eurico. Por mais de uma vez, porém, o presidente vascaíno se exaltou e os xingou. Um deles, por exemplo, foi chamado de "babaca". Outro, de "flamenguista de m...", quando citou alguns casos envolvendo-o e questionou se Eurico não tinha medo de também ser investigado, assim como os dirigentes da Fifa nos últimos dias.
- Estou preocupado para c... Você deve ser um flamenguista de m... Se você não sabe, vou te explicar. O problema é o seguinte: fui investigado, chacoalhado de cima para baixo e nada foi encontrado (CPI). Para sua informação, este episódio da Fifa eu denunciei tudo isso em 1998 ou 1999. É só procurar na internet. Boa sorte - afirmou.
O destempero, a deselegância e a vida tortuosa de Eurico Miranda são conhecidos há muito tempo.
Certa feita, ele dirigiu ataque homofóbico ao ex-juiz de futebol Armando Marques. Ao comentar a decisão de Armando Marques, então presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, ao suspender o árbitro Marco Antônio Cunha em 1998, Eurico Miranda fez a seguinte afirmação: “O senhor Armando Marques é um indefinido. Ele não é um homossexual, ele é um travestido. Uma pessoa como ele não poderia estar no comando da arbitragem do futebol brasileiro’’.
Também já foi condenado por agressão a seis meses de prisão, convertida posteriormente a multa de R$ 12 mil, por agredir o repórter Carlos Monteiro, do jornal O Dia, após a decisão do Campeonato Carioca de 2004. Na semana da final contra o Flamengo, o presidente anunciou que havia 30 mil litros de chope para comemorar. Após o jogo, o jornalista perguntou sobre o chope e por isso teria sido agredido.
Outra condenação do dirigente vascaíno foi por crime contra a ordem tributária. Eurico Miranda foi condenado, em primeira instância, a 10 anos de prisão. O dirigente foi acusado de sonegação fiscal e por ter criado um ‘laranja’ para encobrir a saída de capital dos cofres do clube para despesas de campanha. A sentença foi anulada no ano seguinte pelo Supremo Tribunal de Justiça, com a absurda explicação de que o processo administrativo não havia sido julgado.