Revelado o "conluio" de Renan e Luis Miranda e o tiro que saiu pela culatra

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Não é segredo para ninguém que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) é uma das raposas mais felpudas de Brasília. Com 42 anos de carreira política, vinte e seis anos só no senado, as chances dele ser enganado por um parlamentar iniciante pareciam remotas.

Foi com essa confiança que Renan e seu novo amigo, senador Omar Aziz se aproximaram do deputado de 1º mandato Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão Luis Ricardo Miranda, eles pareciam ter provas cabais de atos de corrupção no governo Bolsonaro e até um áudio que comprometeria o presidente.

Esse foi o 1º sinal de alerta que Renan negligenciou, como um deputado recém chegado ao Congresso – até as eleições Luis Miranda morava em Miami (EUA) – reuniria provas contra um homem público que atravessou o mensalão e a lava-jato sem nenhuma menção sequer, como Jair Bolsonaro?

O senador alagoano não sabia, mas estava falando com o maior ‘encantador de serpentes’ que já pisou na Praça dos Três Poderes.

O que se seguiu, depois todo mundo acompanhou, acusações vazias sobre uma intermediação com a desconhecida empresa americana Davati Medical Supply que queria vender vacinas Covaxin, mas não tinha sequer uma dose para entregar.

A esse samba do crioulo doido acrescentou-se um cabo da PM de Minas Gerais, Luiz Paulo Dominguetti, acusado por Miranda de ser o intermediário. Dominguetti, por sua vez, levou até a CPI um outro áudio que mostrava o próprio Miranda tentando intermediar a negociação que jamais aconteceu.

Tiro na água. Sentindo que não havia nada de concreto naquela ‘conversinha’ imediatamente Renan e Aziz tentaram se afastar de Miranda, mas já era tarde.

“Tamo junto e juntos somos mais fortes”.

Ainda restava o áudio incriminatório que os irmãos teriam do presidente da República.

Depois de muito suspense o irmão, funcionário do Ministério da Saúde reconheceu que era mentira, eles jamais gravaram Bolsonaro.

Mas afinal quem é esse Dep. Luís Miranda que passou a lábia no experiente Renan Calheiros?

Miranda é um profissional, do ilusionismo. Ele começou, ali mesmo em Brasília, sua terra natal, com uma clínica de estética chamada Fit Corpus. Depois ele iniciou a venda de franquias dessa clinica a R$ 200 mil reais – todos os investidores e sócios perderam 100% do capital investido. Isso gerou 26 processos. Acuado pelos oficiais de justiça, mas ainda com o dinheiro dos investidores, ele partiu às pressas para os EUA.

Nos Estados Unidos arregimentou rapidamente um exército de 4 milhões de seguidores nas suas redes sociais e começou a vender cursos, não contente, começou a oferecer investimentos com retornos altíssimos. Novamente brasileiros fizeram fila para serem enganados. A maioria perdeu entre U$ 50 mil a U$ 200 mil dólares.

Antes que o escândalo se propagasse Miranda conseguiu em apenas 25 dias de campanha se eleger deputado federal com o voto de 65.000 brasilienses. Tudo isso morando em Miami.

Claro que nem tudo são flores, de cara suas contas de campanha foram reprovadas pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral), ele enfrenta um processo de cassação na Justiça Eleitoral, seu passaporte está retido pela Policia Federal devido a um processo de indenização, 30% do seus vencimentos como deputado estão bloqueados para pagamento de dívidas e desde 2019 ele enfrenta um processo sigiloso na PGR (Procuradoria Geral da República).

O problema do senador Renan é que ele acreditou no slogan do Dep. Luís Miranda: “Tamo junto e juntos somos mais fortes”.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a desmonetização do Jornal da Cidade Online.

Um ato de Censura Prévia. Um atentado a liberdade de expressão.

Uma decisão sem fundamento, sem qualquer intimação e sem o devido processo legal.

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Fonte: Revista Veja

Foto de Eduardo Negrão

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

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