Homens que lincharam assaltante no Maranhão, irão a júri popular
25/07/2016 às 11:43 Ler na área do assinanteO linchamento de Cleidenilson Pereira da Silva, que foi notícia nacional em julho de 2015, levará nove réus para julgamento pelo Tribunal Popular do Júri em São Luis, no Maranhão.
O assaltante foi amarrado e surrado por populares. Morreu, após tentar assaltar um bar, tendo sido dominado pelo proprietário do estabelecimento e depois linchado por um grupo feroz e insano de justiceiros.
Além do homicídio duplamente qualificado — por meio cruel e sem chance de defesa — os réus responderão pela tentativa de homicídio contra um menor de 17 anos que acompanhava o assaltante.
A pena, em caso de condenação máxima, pode chegar a 30 anos de prisão.
Nos autos, a participação de cada um dos acusados no linchamento é descrita.
Entre eles, o dono do bar que sofreria o assalto e o filho do comerciante, além de dois dos três clientes presentes no momento em que Cleidenilson, armado, anunciou o roubo.
O pai e a madrasta de Cleidenilson, pessoas de bem, procuram até hoje entender, não só o envolvimento do filho no assalto (ele nunca tivera relação com crime), mas também a brutalidade dos que espancaram o rapaz até a morte.
Este é um direito da família e conforme consta na denúncia, os envolvidos agiram ‘usurpando a função do Estado de julgar e de punir’.
Serão julgados: Waldecir Almeida Figueiredo, de 65 anos, dono do bar; Alex Ferreira Silva Souza, 41 anos, mecânico; Raimundo Nonato Silva, 57 anos, sem profissão definida; Cicero Carneiro de Meireles Filho, 45 anos, motorista; Ivan Santos Figueiredo, 35 anos, projetista civil; Élio Ribeiro Soares, 55 anos, motorista; Marcos Teixeira Barros, 19 anos, sem profissão definida; Felipe Dias Diniz, 24 anos, motorista; e Ismael de Jesus Pereira Barros, 36 anos, auxiliar de topografia.
da Redação