IstoÉ começa a sofrer as consequências da capa criminosa
21/10/2021 às 07:17 Ler na área do assinanteApós a revista IstoÉ publicar uma edição em que a capa compara o presidente Jair Bolsonaro ao líder nazista Adolf Hitler, a Advocacia-Geral da União (AGU), decidiu acionar a revista.
A imagem, de extremo mau-gosto, traz o presidente com um corte de cabelo e um bigode similares aos usados por Hitler. O bigode ainda forma a palavra ‘genocida’ no rosto de Bolsonaro.
Em artigo da mesma edição, a revista ainda chama o presidente de ‘mercador da morte' e critica seus apoiadores, a quem taxou como ‘seita negacionista e obscurantista’.
Em uma notificação extrajudicial, a AGU apresentou uma nova capa a ser publicada, e cobrou o direito de resposta, já que a ‘notícia veiculada atinge direta e indevidamente a imagem do presidente da República, como chefe de Estado e de governo, no país e no exterior’.
Veja a nova capa:
Além de apontar que a veiculação mostrada pela revista ‘não condiz com a verdade dos fatos’, a AGU afirmou que o veículo tem se mostrado ‘estranhamente, omisso sobre os programas e avanços públicos desenvolvidos pelo Estado brasileiro na seara da saúde desde o início da crise sanitária, no que repercute em difusão de informações dotadas de parcialidade, com prejuízos não só ao agente alvo de infundada criminalização, mas ao público leitor’.
No documento enviado, a AGU também exige que a revista publique uma retratação em forma de texto, afirmando que ‘comparar este governo a um que planejou e executou o extermínio do próprio povo é um artifício ao mesmo tempo ridículo, pueril, acintoso e criminoso. E chega a ser um deboche com a inteligência de quem ainda lê esta revista’.
A notificação é assinada pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco, pelo procurador-geral da União, Vinicius Torquetti Rocha, e pelo adjunto do AGU, Bruno Luiz Dantas de Araújo Rosa.
Isso certamente é apenas o começo de uma reação judicial que promete ser devastadora para a publicação que há muito tempo está capenga, com seríssimos problemas financeiros.
A 'mamata' realmente acabou...
da Redação