Na tentativa de amenizar, declaração de Santana põe Dilma na linha de fogo
24/07/2016 às 07:14 Ler na área do assinanteDisposto a fazer uma delação premiada ‘light’, João Santana acabou falando demais e fatalmente terá que se explicar.
Uma de suas declarações no depoimento prestado ao juiz Sérgio Moro na quinta-feira (21) atinge frontalmente a presidente afastada Dilma Rousseff.
‘Eu que ajudei, de certa forma, a eleição dela, não seria a pessoa que iria destruir a presidente’, disse o marqueteiro, justificando o fato de ter mentido para a Polícia Federal, quando da ocasião de sua prisão.
O questionamento diante da declaração é fatal: Porque a delação de Santana destruiria a presidente afastada?
O juiz, certeiro, então questionou se ele admitia ter sido conivente com uma ‘trapaça’.
Pasmem, Santana se penitenciou e admitiu que receber pagamento no caixa dois é um ‘constrangimento profundo’, ‘um ato ilegal’.
Esse foi apenas o primeiro encontro com o Moro.
Nos próximos ele terá que explicar a frase que o magistrado tratou de rascunhar em suas anotações.
Todo o potencial de destruição de Dilma, já admitido pelo marqueteiro, terá que ser trazido à baila.
A enfadonha tese da ‘mulher honrada’ foi pro vinagre.
da Redação