Os interesses obscuros por trás da “menstruação”, de Tabata

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Entendo de menstruação tanto quanto entendo de física nuclear. Ou seja, NADA! Mas, convivendo com mulheres (pessoas que menstruam é meu ovo), ouvi falar algumas coisas sobre o assunto.

No meu último relacionamento, coincidentemente, acabei conversando - sabe Deus porquê - sobre absorventes. Nesse dia, descobri que a "última tendência" é um tal de "absorvente reutilizável". Na minha cabeça, é a mesma coisa do "paninho" que a vovó usava, mas fui "convencido" de que é mais confortável, não provoca assaduras e, além de tudo, é "eco friendly".

Descobri também que existe um tal "coletor menstrual", também ecologicamente correto e dermatologicamente testado, que – confesso - achei uma ideia meio estranha, mas serve para a mesma função.

Sob os títulos da "sustentabilidade" e da "consciência moderna", os dois produtos se tornaram um sucesso. São a "moda menstrual" da vez. Se existisse uma Fashion Week Ginecológica, ambos estariam na passarela.

Isso pra não citar os inúmeros protestos "anti-absorventes" das feministas, que acusavam o produto de ser uma maligna intervenção do patriarcado e lutavam pelo direito de ter a menstruação escorrendo pelas pernas.

Essa semana, então, depois de Bolsonaro vetar um projeto de lei para distribuição "gratuita" de absorventes, que não previa de onde sairiam os recursos para custear a gratuidade, o absorvente descartável, o mesmo que assava e oprimia, virou a coisa mais importante para a saúde e bem estar da mulher.

Não sei se isso é por causa do fim da narrativa sobre a vacinação, já que agora somos um dos países que mais vacinam no mundo, ou se é apenas interesse comercial do principal financiador da deputada proponente, que detém uma imensa fatia da P&G.

Só sei que deve ser uma delícia não ter nenhum compromisso com a coerência e poder levantar a bandeira que melhor lhe convier naquele momento. Dane-se a lógica. O importante é a lacração!

E as vítimas da "pobreza menstrual", coitadas, achando que algo é sobre as suas saúdes. Sabem de nada, inocentes!

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