Superfaturamento na Dopamina era, proporcionalmente, dez vezes maior que no Petrolão

19/07/2016 às 14:12 Ler na área do assinante

Enquanto no ‘Petrolão’ o valor do superfaturamento ficava em torno de 30%, a operação Dopamina já apurou que nos desvios com verbas da saúde, no Hospital das Clínicas de São Paulo (HC), a fraude girava em torno de 300%.

A Operação Dopamina investiga desvio de recursos públicos na compra de equipamentos para pacientes que sofrem do Mal de Parkinson.

Os pacientes, induzidos pelos criminosos – o médico Erich Fonoff e o diretor do HC Waldomiro Pazin – entravam com ações na Justiça para conseguirem cirurgias de implantes com urgência.

Deferida a liminar, os equipamentos eram adquiridos sem licitação, com recursos públicos oriundos do SUS, pelo preço superfaturado em dez vezes o valor de mercado.

A propina era paga pela empresa que vendia os equipamentos, através de um contrato fictício de consultoria que detinha com o médico.

A corrupção na saúde é algo estarrecedor.

Pessoas inescrupulosas se utilizando do dinheiro que poderia salvar vidas humanas, para se enriquecerem ilicitamente.

No HC, filas de pacientes aguardavam, por exemplo, um marca-passo cerebral. A quadrilha no entanto com valores que poderiam comprar 10 aparelhos, adquiria apenas um e surrupiava o resto da grana.

Um crime asqueroso, encabeçado por um médico que, em tese, deveria salvar vidas.

da Redação

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