Bolsonaro, globalismo e os desafios do Brasil

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O discurso do presidente Bolsonaro na ONU pode ter desapontado alguns conservadores. Não dá para tirar a razão desse descontentamento.

Ele foi eleito com a promessa de mudar a política ambiental dos governos anteriores e interromper os avanços da pauta ecoterrorista no país – para se ter uma ideia da importância do tema, o próprio Bolsonaro escolheu Augusto Aras como PGR justificando o fato do procurador não ser um ‘’xiita ambiental’’.

Mas há que se considerar o atual contexto. Bolsonaro chegou na ONU fragilizado por inúmeras iniciativas do establishment, desejoso de tirá-lo da presidência a qualquer custo. CPI da COVID, inquéritos ilegais no STF e a guerra insana da grande mídia contra o presidente são partes desse quadro. A seu favor, o povo e nada mais – apoio mais importante possível, vale lembrar.

Se Jair Bolsonaro contasse com a companhia de outros líderes antiglobalistas como Donald Trump, sairia um discurso com outro tom. Porém, o ex-presidente americano perdeu a eleição. Os tempos são outros.

Aos que estão a tomar ciência das coisas nesse momento, relembro um detalhe muito importante da eleição de 2018: Jair Bolsonaro era o único candidato com oposição declarada ao globalismo. Sua plataforma de campanha tinha influências conservadoras após sucessivos governos que promoveram o progressismo como régua moral do dito mundo civilizado. O liberalismo seria o norte da administração na pauta econômica. Tanto liberalismo econômico quanto conservadorismo cultural são opostos à pauta globalista, imposta por um grupo de bilionários e investidores que almejam um governo mundial controlado por eles – o livro Política, Ideologia e Conspirações esclarece nomes e origens do fenômeno.

Tal elite quer o governo mundial através do socialismo de proporções globais. Para o afegão médio que se informa por Globo ou Folha de S. Paulo a simbiose entre grandes capitalistas e socialismo parece absurda. Só parece. Socialismo é nada mais que controle estatal de um determinado setor – seja economia, cultura ou vida privada dos cidadãos. No caso dos metacapitalistas, a interferência estatal na economia é benéfica, pois eliminaria a concorrência possibilitada pelo livre mercado.

E também para a esquerda, uma vez que a imposição de regulamentações proporcionaria a implementação do socialismo aos poucos. Um deles é o imposto de renda progressivo – defendido simplesmente por Karl Marx. Com o socialismo, os metacapitalistas garantiriam suas fortunas e os líderes esquerdistas o poder político necessário para o advento da revolução.

O globalismo dos metacapitalistas almeja o agigantamento do poder estatal internamente e o enfraquecimento do Estado-nação externamente. Essa é a chave para entender o fenômeno juntamente com as ações dos agentes históricos que o protagonizam.

Por essas e outras que não é surpresa alguma a ligação da elite globalista com partidos, intelectuais e organizações esquerdistas. A família Rothschild doou dinheiro a Lênin na Revolução Russa e daí surgiu o regime comunista na União Soviética. Richard Nixon reatou as relações sino-americanas em 1971 com generosa ajuda tecnológica e militar que permitiu à China traçar o caminho que a levou à condição de superpotência – ele era presidente dos EUA e mantinha fortes relações com os Rockfellers. George Soros – um megainvestidor que virou símbolo do globalismo – arquitetou a chegada de Barack Obama à Casa Branca, além de financiar inúmeras pautas progressistas mundo afora.

O impacto da atuação dos globalistas no Brasil é enorme: a maioria esmagadora das leis aprovadas pelo Congresso já vêm prontas de organismos internacionais, restando ao parlamento apenas carimbá-las. Para ficarmos no tema que iniciou o artigo, destaco o PLS 304/2017 do senador e atual ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI). A ideia é proibir a circulação de veículos movidos a gasolina ou diesel até 2040, em uma insanidade que atende aos objetivos da pauta ambientalista.

O documentário Cortina de Fumaça da Brasil Paralelo mostra quais os interesses e os bilhões de dólares envolvidos no ecoterrorismo. E claro, a agenda ecoterrorista é parte integrante dos ditames globalistas.

Qual é a atitude do governo Bolsonaro frente ao problema? Até o momento é vista uma acomodação: de um lado, ministros e apoiadores falam do tema ao apontarem seus desdobramentos mais óbvios nos rumos da política brasileira; do outro, uma ala do governo finge não enxergar sua existência e toma decisões como se a coisa fosse fruto de ultradireitistas paranoicos.

Acredito que tal postura dúbia será mantida por inúmeras razões. Não há como romper totalmente com os agentes globalistas – estão nesse bojo chefes de Estado, investidores e burocratas de organismos internacionais. Mas o problema existe e deverá ser enfrentado. A plataforma política defendida – bem ou mal é outra história – pelo presidente Bolsonaro já é por si um obstáculo ao avanço da agenda globalista.

Ao afagar a pauta ambientalista na ONU, Bolsonaro quis sair bem na foto em um momento de caçada a ele e a seus apoiadores. Pode-se criticar a dimensão desse afago, mas os motivos são bastante claros. Ele não virou um expoente globalista, tampouco é um intelectual que compreende o tema em sua totalidade. Se o presidente construir uma situação que garanta o exercício pleno de seus poderes constitucionais, tenho certeza que a sua oposição ao globalismo ficará mais evidente.

Quem ganha com isso é o Brasil.

Referências:

1.https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/politica-economia/242137-bolsonaro-indica-augusto-aras...

2.https://www.institutoliberal.org.br/blog/politica/o-globalismo-e-o-que-ele-esconde/

3.https://olhardigital.com.br/2020/02/12/noticias/projeto-de-lei-quer-fim-de-veiculos-movidos-a-combus...

4.https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/globalismo-e-soberania-ambiental/

5.

Quebraram as nossas pernas!

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“Velhas raposas” da política, através da malfadada CPI, comandada por figuras nefastas como Aziz, Renan e Randolfe quebraram nosso sigilo bancário. Nada irão encontrar.

O TSE, por sua vez, determinou a desmonetização do JCO. Uma decisão sem fundamento, sem qualquer intimação e sem o devido processo legal. Quebraram nossas pernas!

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Carlos Júnior

Jornalista

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