Argentina em polvorosa com acusação direta de que governo de Cristina matou promotor
12/07/2016 às 06:06 Ler na área do assinanteUm ex-agente de inteligência, um dos homens mais procurados na Argentina, que teria ficado asilado nos Estados Unidos desde a morte do promotor Alberto Nisman, ressurgiu numa entrevista bombástica ao jornal ‘La Nacion’ e causou um imenso alvoroço em todo o país.
Jaime Stiusso acusa diretamente o governo da ex-presidente Cristina Kirchner de ter mandado assassinar o promotor que a denunciou por um suposto pacto com o Irã para acobertar funcionários iranianos suspeitos de participação no atentado à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em 1994.
Ele garante que fugiu porque o ex-chefe de gabinete Aníbal Fernández e Cristina queriam que ele retornasse à Argentina “para me assassinar”.
“Estive nos EUA asilado, por todas as ameaças que recebi, tanto eu como minha família”, disse o ex-diretor de Contrainteligência da extinta Secretaria de Inteligência do Estado (Side) ao “La Nación”.
Stusso está disposto a colaborar com a Justiça, no sentido de esclarecer a morte de Alberto Nisman.
Para ele, os processos contra Cristina e ex-funcionários de seu governo avançam nos tribunais “porque a ex-presidente já não tem o controle do Estado e não pode silenciar mais ninguém”. Stiuso referiu-se a Cristina como “apenas uma mulher louca, sem força, sem o controle do Estado”.
Após a entrevista, ele retornou para os EUA.
A Argentina vive um momento tenso, a ex-presidente está numa situação delicadíssima, envolta numa série de denúncias e agora com a acusação direta de homicídio.
Alberto Nisman foi encontrado no banheiro de seu apartamento, com um tiro na cabeça. A hipótese de suicídio, apurada na época do governo de Cristina Kirchner, é considerada absurda pela família e pela opinião pública.
da Redação