Carta de Dilma aos senadores, um espetáculo de hipocrisia

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No dia em que deveria ser ouvida na Comissão Especial do Impeachment, a ‘coração valente’ se acovardou.

Preferiu enviar uma carta através de seu dileto advogado, o ex-ministro José Eduardo Cardoso, o J.E.C, ou seria ‘Jeca’?

A presidente afastada iniciou a sua missiva dizendo ser uma mulher ‘honesta, uma servidora pública dedicada e uma lutadora de justas causas. Disse ainda que exerceu o seu mandato de forma digna e ‘honesta’ e que honrou os votos que recebeu.

Não é verdade, todo o Brasil, com exceção da militância petista, sabe que Dilma só foi reeleita porque num esforço sobrenatural escondeu a catástrofe que se anunciava. Também não honrou os votos, pois permitiu que o PT dilapidasse os cofres e arruinasse a maior empresa do Brasil, haja vista estarem hoje os três últimos tesoureiros do partido devidamente presos, em função dos crimes cometidos contra a Petrobras.

Na sequência, Dilma se diz vítima de uma farsa jurídica e política. Mentira!

Farsa foi o que ela e o PT fizeram na campanha, através da mente brilhante e aética do marqueteiro João Santana. Pago com dinheiro público. Também preso, juntamente com sua esposa e sócia Mônica Moura.

A carta prossegue em 29 enfadonhas laudas, onde a petista ainda diz que entre os erros que cometeu na vida, jamais se encontrará a desonestidade, a covardia ou a traição. Dilma foi desonesta quando mentiu para o povo brasileiro, foi covarde retardando ao máximo a revelação da verdadeira situação do país, só admitindo por absoluta incapacidade de continuar mentindo e foi traiçoeira quando mandou monitorar o juiz Moro (veja aqui), quando mandou Delcídio negociar com Cerveró, quando nomeou Lula para lhe oferecer o foro privilegiado, quando não teve a decência de ao menos renunciar. Seria uma saída mais honrosa do que a que lhe aguarda nos próximos dias.

Amanda Acosta

redacao@jornaldacidadeonline.com.br

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