Estudantes de comunicação e medicina incitam agressões e estupro
Em eventos festivos, futuros profissionais da comunicação e da medicina extravasam os seus preconceitos
10/06/2015 às 03:17 Ler na área do assinanteUm evento esportivo de estudantes universitários, já na sua quarta edição, planejado para ser uma grande confraternização, desvirtuou totalmente e foi marcado por diversos tipos de discriminações de gênero, raça e orientação sexual, culminando com apologia ao estupro numa rede social.
O pior é que o evento reunia acadêmicos da área de comunicação social, cerca de 1500 estudantes que participavam dos Jogos Universitários de Comunicação Social (JUCS), na cidade de Vassouras, na Região Centro-Sul do estado do Rio de Janeiro.
Alunos de uma universidade particular do Rio de Janeiro se classificavam como a “turma do estupro”. Nas redes sociais, alguns deles ainda debocharam de uma crítica feita anonimamente, em um grupo que reúne pessoas que participaram do evento. “Fazemos sim e no próximo vamos fazer pior #turmadoestupro”. Questionado sobre o fato de fazer apologia ao estupro ser considerado crime, o aluno seguiu desdenhando: “Me prenda!”, escreveu.
Recentemente, caso semelhante, de apologia ao estupro, aconteceu na PUC de Sorocaba, envolvendo estudantes do curso de medicina. A denúncia efetivada por um grupo de alunas referia-se ao acontecido numa festa universitária no início do mês de maio.
Imagens divulgadas em uma rede social mostram a troca de mensagens em um aplicativo de celular entre 37 veteranos do curso de medicina.
A conversa, segundo as representantes do grupo, incentivaria estupros e agressões contra calouras da universidade em um evento denominado “Jantar dos Padrinhos”.
Ambos os casos podem ser enquadrados como apologia ou incitação ao crime de estupro.
O que impressiona é que tais imbecilidades partiram de futuros comunicadores sociais e de futuros médicos.
A sociedade está em perigo...