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Para desespero dos políticos, ‘Abismo’, a 31ª fase da Lava Jato, foi deflagrada
04/07/2016 às 07:32 Ler na área do assinante
Desde a madrugada desta segunda-feira (4), a Polícia Federal está nas ruas das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, cumprindo mandados referentes à 31ª fase da Operação Lava Jato.
Desta feita são quatro mandados de prisão temporária, um de prisão preventiva, 23 de busca e apreensão, além de sete conduções coercitivas.
A ação foi batizada pela PF de ‘Abismo’.
Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do PT, é alvo do mandado de prisão preventiva, mas já está preso preventivamente pela Operação Custo Brasil.
Ferreira foi deputado federal pelo PT do Rio Grande do Sul de 2012 a 2014. Ele é casado com a ex-ministra Tereza Campello.
O objetivo desta fase é apurar a fraude ao processo licitatório e o pagamento de valores indevidos a servidores da Petrobrás. Além de repasse de recursos a partido político em virtude do sucesso obtido por empresas privadas em contratações específicas como, por exemplo, o projeto de reforma do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), estabelecido na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro.
O nome ‘Abismo’ é uma referência às tecnologias de exploração de gás e petróleo em águas profundas desenvolvidas no Cenpes e à localização das instalações. De acordo com a Lava Jato, esquemas como o identificado ‘levaram a empresa aos recantos mais profundos da corrupção e da malversação do dinheiro público’.
Segundo a PF, são apuradas as práticas de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação ‘num contexto amplo de sistemático prejuízo financeiro imposto à Petrobras’.
da Redação