Não há outra saída para a inescrupulosa classe política nacional. Ou barram a Lava Jato definitivamente, ou estarão todos liquidados.
As últimas investidas da Polícia Federal causaram desespero aos senadores Renan Calheiros e Romero Jucá, levando-os a desengavetar para imediata aprovação, o Projeto que trata da ‘Lei do Abuso de Autoridade’.
Se essa lei já estivesse em vigor, fatalmente teria impedido quase a totalidade das ações empreendidas pela Operação Lava Jato.
Nesse sentido, a movimentação de Renan e Romero pretende unir toda a classe política envolvida no lamaçal, contra a Lava Jato.
O Jornal Nacional, da Rede Globo, na quinta-feira (30), divulgou matéria sobre o assunto (veja aqui).
Paralelamente, o desmanche da Lava Jato começou nestes últimos dias.
Os delegados da PF Eduardo Mauat e Luciano Flores, dois dos mais proeminentes nomes da equipe em Curitiba, serão substituídos.
Luciano Flores foi ‘promovido’. Ele assumirá funções na coordenação das Olimpíadas. No jargão do funcionalismo público brasileiro isso é classificado como ‘cair pra cima’.
Flores foi o delegado responsável por interrogar o ex-presidente Lula durante o cumprimento do mandado de condução coercitiva, em março, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
Quanto ao delegado Eduardo Mauat, que também foi um dos responsáveis pela condução de inquéritos ligados ao ex-presidente Lula, entre eles, o que investiga o Instituto Lula, a empresa LILS Palestras e o sítio em Atibaia, já retornou a sua unidade de origem, no Rio Grande do Sul.
A articulação de Renan e Jucá é tão forte, que está sendo capaz de aglutinar em função do mesmo interesse, o presidente em exercício Michel Temer, a presidente-afastada Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo é um só: enfraquecer, para em seguida acabar com a Lava Jato, que representa sérios problemas para todos.
da Redação
Com informações de Helder Caldeira