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Cavendish, no exterior, recebeu ligação. ‘Já pode voltar’, dizia a voz eufórica
02/07/2016 às 01:39 Ler na área do assinante
Um empreiteiro corrupto, Fernando Cavendish, atolado num mar de lama e fraudes que somam a bagatela de R$ 11 bilhões. Uma figura nociva para a sociedade.
Um juiz federal, Marcelo Bretas, numa decisão irretocável, mandou prendê-lo. Ele e mais dois velhos conhecidos da PF. Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e Adir Assad.
Na manhã de quinta-feira (30), Cachoeira e Assad são presos. A polícia não consegue encontrar Cavendish. O empresário está no exterior, é tido como foragido e é solicitada a inclusão de seu nome na lista de procurados pela Interpol.
No dia seguinte, um desembargador do Rio de Janeiro resolve a pendenga. Concede prisão domiciliar para os três, inclusive para o foragido, que recebe do advogado a entusiasmada ligação relatada brevemente no título da matéria: 'Já pode voltar'.
Uma aberração. Aliás, mais uma.
Possivelmente o tal desembargador - Antonio Ivan Athié – se sentiu encorajado pelo exemplo maldito dado no dia anterior pelo ministro do STF, Dias Toffoli, que, da mesma forma, mandou soltar o ex-ministro Paulo Bernardo e toda a sua quadrilha.
da Redação