Os "crimes" de calúnia, difamação e injúria do colunista da Folha e o cinismo esquerdista

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Olavo de Carvalho disse ser impossível ser esquerdista e honesto ao mesmo tempo. Teimar com o filósofo malquisto por imbecis incapazes – desde professores universitários a figurinhas tarimbadas da política – é o erro crasso dos que continuam vivendo sem ter a noção do que está acontecendo neste mundo. E mais uma vez ele tem razão.

O fato da vez a atestar o cinismo esquerdista é o pedido do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, para apurar supostos crimes de calúnia, difamação e injúria do colunista Conrado Hübner Mendes, da Folha de S. Paulo. A ação foi encaminhada à Procuradoria-Geral da República, que tomará as providências que julgar necessárias.

Qual a reação do mainstream do jornalismo e da política? A esperada: defender o colunista e gritar aos quatro cantos que vivemos em uma ditadura. Como não poderia deixar de ser, lembraram que o ministro Nunes Marques foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, e isso configura a prova máxima das suas intenções autoritárias.

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) emitiu uma nota classificando a ação como uma iniciativa que tem o objetivo de intimidar todos os jornalistas. Deputados como Paulo Teixeira (PT-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP) foram no mesmo sentido em suas manifestações nas redes sociais.

Tais reações são de um cinismo exemplar. Não acreditem em nenhuma palavra dos novos paladinos da liberdade de expressão, pois essa defesa é puramente definida pela ocasião. E não é difícil entender o porquê desse cinismo sem par.

Quando o ministro Alexandre de Moraes – colega de Nunes Marques no STF – prendeu jornalista, deputado e militante conservadores em um inquérito absurdamente ilegal, onde estavam os heróis do livre pensamento para condená-lo?

Onde estava a ABI para defender os jornalistas Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio, vítimas dos maiores absurdos jurídicos e de um cerceamento sem precedentes?

A Folha de S. Paulo também não viu problema algum nas atitudes do ministro Moraes?

Um ministro do STF comanda um inquérito no qual ele é vítima, acusador e julgador no caso, determina prisões arbitrárias, bane contas nas redes de jornalistas e arroga-se no direito de definir o que é ou não fake news.

Todas as insanidades do ministro Moraes estão bem documentadas no livro Inquérito do Fim do Mundo, de Cláudia R. de Morais Piovezan. Mas não precisa de ser um jurista para perceber o óbvio ataque à liberdade de expressão perpetrado pelo STF contra uma determinada corrente política, pois em casos muito piores envolvendo pessoas do outro lado a corte nada fez ou fingiu-se de morta.

Só que como estamos falando de jornalistas conservadores, aí vale tudo contra eles – até mesmo cercear um direito fundamental.

O viés totalitário da turba esquerdista ficou evidente não apenas nessa hipocrisia exposta pela decisão do ministro Nunes Marques. Poderia citar exemplos ad infinitum para reafirmar isso, mas dois bastam. Eles escancaram inequivocadamente o verdadeiro apreço pela liberdade de expressão dessa gente.

O sr. Hélio Beltrão, colunista da Folha e presidente do Instituto Mises Brasil, empreendeu por conta própria um esforço para disponibilizar a hidroxicloroquina aos interessados no medicamento – isso no começo da pandemia.

Tal fato foi o suficiente para a sra. Vera Magalhães pedir não apenas a sua demissão da Folha como também sofrer consequências judiciais via Ministério Público.

Um cidadão disponibilizando um medicamento para pessoas que o queriam – sem nenhuma obrigatoriedade – é realmente um ato inaceitável que merece esse tipo de reação.

Vera Magalhães, a jornalista queridinha da ex-direita, agiu como uma legítima esquerdista age quando é confrontada: se não há argumentos para rebater o outro lado, cale a boca dele. Típico modus operandi dos covardes incultos.

Mais sofisticadas que uma mera jornalista fadada ao descrédito total, as agências de checagem imitaram o ministro Moraes na tentativa de tomarem para si o direito de definir o que é verdade ou não.

E como seus profissionais são os mesmos da velha imprensa – totalmente dominada pela esquerda – e similares, há uma clara perseguição ao jornalismo independente conservador. Até agora não se viu uma matéria da grande mídia ser tachada como fake news, mas veículos como Terça Livre, Conexão Política e o próprio Jornal da Cidade Online já foram alvos dos repugnantes checadores. A intenção é uma só: intimidar quem faz bom jornalismo e não se curva ao mainstream.

Falsos defensores da liberdade de expressão: guardem essa falsa sinalização de virtude para vocês. Ninguém acredita na sinceridade dessa atitude. Vocês tiveram inúmeras oportunidades de deixar a paixão ideológica de lado e defenderem a liberdade, mas prefeririam fazer bella figura ao consenso justificando as atrocidades totalitárias que vimos recentemente.

O ministro Nunes Marques agiu corretamente ao encaminhar o caso à PGR, diferente de outras situações do próprio STF. Não me venham defender a liberdade de expressão se vocês a jogaram no lixo em outros carnavais.

Referências:

1.https://www1.folha.uol.com.br/poder/2021/07/kassio-nunes-aciona-procuradoria-para-apurar-conduta-de-...

2.https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/ação-de-kassio-nunes-contra-colunista-da-folha-b...

3.http://www.abi.org.br/abi-esclarece-diferencas-entre-prisao-de-profissionais/

4.https://www.gazetadopovo.com.br/republica/inquerito-das-fake-news-stf-vitima-julgador/

5.https://twitter.com/veramagalhaes/status/1246095135663849472

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Carlos Júnior

Jornalista

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