No ano de 410 da nossa era cristã a cidade de Roma foi obrigada a abrir as portas de suas muralhas intransponíveis para o godo Alarico e seu povo, que viviam nos territórios do Império há 20 anos de forma errante, reivindicando terra, cidadania, e dinheiro.
Os godos exigiam que sua entrada na cidade fosse permitida, e por isso faziam um cerco a Roma, no qual já haviam interrompido tanto o abastecimento de comida como o de água, para que pegassem as riquezas que achassem que deveriam pegar, e fizessem o que quisessem livremente.
O saque durou 3 dias, mas a cidade de Roma foi devastada totalmente. Sofreu uma diminuição populacional enorme, pela matança indiscriminada, e ficou em chamas. Praticamente todos os seus monumentos foram destruídos.
Essa belíssima pintura aqui, datada do final do século XIX, é famosa, e está disponível na internet. Ela retrata um bárbaro godo destruindo uma estátua romana durante o saque à Roma.
Quem ouve o que eu falo nas minhas lives já percebeu que eu sempre digo que a história da humanidade se repete em ciclos. O homem é sempre o mesmo; os períodos históricos é que são diferentes.
Lá em 410 em Roma foram as estátuas dos ancestrais romanos daquela época. Hoje em 2021 em São Paulo foi a estátua do Borba Gato, um ícone da história brasileira.
Tanto os bárbaros do século V quanto os do século XXI têm um único objetivo: destruir nossa civilização e o que ela representa.
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Guillermo Federico Piacesi Ramos
Advogado e escritor. Autor dos livros “Escritos conservadores” (Ed. Fontenele, 2020) e “O despertar do Brasil Conservador” (Ed. Fontenele, 2021).