Dopping tira atletismo russo das Olimpíadas do Rio

O anúncio oficial ainda será realizado, mas o conselho da entidade máxima do atletismo mundial já decidiu de maneira unânime que a Rússia está fora dos Jogos Olímpicos do Rio, de 5 a 21 de agosto.

Segundo Sebastian Coe, presidente da entidade, o objetivo é mostrar aos atletas que o envolvimento com doping é ‘inegociável’. ‘Não houve questão política na definição. Foi claro e sem ambiguidade.’

A Rússia é uma potência olímpica do atletismo. São 77 medalhas conquistadas. Se somadas às da antiga União Soviética, o montante total é superado apenas pelo dos Estados Unidos.

Em novembro passado, uma comissão independente instituída pela Wada (Agência Mundial Antidoping, na sigla em inglês) revelou um amplo esquema estatal de dopagem, centrado principalmente no atletismo.

O sistema envolvia atletas, técnicos, dirigentes médicos, o laboratório certificado pela Wada e até mesmo o serviço secreto do país. O relatório indicou, também, anuência do governo russo, que negou enfaticamente as acusações.

Representantes da comissão de atletas do Comitê Olímpico da Rússia enviou, recentemente, uma carta ao COI em que pede apoio e clemência aos atletas sem infrações por doping. Eles querem ter chance de disputar os Jogos do Rio.

Atletas que demonstrem que nunca tiveram qualquer envolvimento com doping, poderão solicitar ao conselho a participação nos jogos. Em caso de aprovação, concorrerão na condição de neutralidade, sem representar qualquer país.

da Redação