Marcelo Freixo, você conhece Liana ?

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Liana Friedenbach e Felipe Caffé eram namorados e decidiram passar um final de semana acampando na floresta numa área isolada de Embu-Guaçu, São Paulo, em 2003. Escolheram um local que não conheciam e sem o conhecimento dos pais.

Paulo César da Silva Marques, o "Pernambuco" e Roberto Aparecido Alves Cardoso, "menor infrator" conhecido como "Champinha", seguiam para pescar na região quando viram o casal e decidiram roubar os estudantes. Foi tarefa fácil localizá-los e, como não conseguiram dinheiro, os criminosos decidiram então sequestrar as vítimas. Com a ajuda de comparsas, mantiveram o casal em cárcere privado em casebres da região.

Nesse período todos os criminosos abusaram sexualmente da moça em forma de rodízio e de maneira quase ininterrupta. De acordo com o laudo pericial e depoimento do menor, Pernambuco matou Felipe com um tiro na nuca no domingo, 2 de novembro, e em seguida fugiu para São Paulo.

Três dias depois, na madrugada do dia 5 de novembro, Champinha levou Liana até um matagal, deu um forte golpe com um facão no pescoço da vítima, a esfaqueou várias vezes e tentou degolá-la. Para finalizar, golpeou a cabeça da estudante com o lado sem fio do facão, gerando um fatal traumatismo craniano na vítima.

Assim como aconteceu com Felipe, o corpo ficou abandonado na mata. Os corpos foram encontrados no dia 10 de novembro. "Champinha" e seus comparsas foram presos dias depois.

"Champinha", por ser menor de idade, foi "apreendido" e encaminhado para uma unidade da Fundação CASA, em São Paulo.

Em um discurso filmado, o deputado Freixo pergunta: "prender para que?"

Segundo o deputado, montros como os que torturaram e mataram Liana e Felipe podem ser "recuperados" e "ressocializados" e depois - por exemplo - trabalhar na escola dos seus filhos.

Os argumentos do deputado, mais uma vez, misturam ideologia, cinismo e ignorância.

Se você encontrar o deputado por aí, pergunte se ele já ouviu falar de Liana e Felipe.

Porque o deputado, no ano que vem, quer ser eleito governador do Rio.

Marcelo Rocha Monteiro. Procurador de Justiça no Estado do Rio de Janeiro.

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