Absurdo: O importante é não morrer de Covid, o resto é só um detalhe...
25/06/2021 às 05:56 Ler na área do assinante“Polícia acha corpo de mulher que desapareceu após promessa de emprego no Rio”
“Vítima estava amarrada em tonel na casa de Sevanil da Silva, preso pelo crime. Ele é condenado pela Justiça por homicídio qualificado, mas foi libertado pela Justiça por causa da pandemia”.
Estas são a manchete e a chamada com resumo da notícia, em reportagem publicada pelo portal G1, na quarta-feira, dia 23 de junho. O criminoso foi preso dias antes, em 16 de junho, após ser reconhecido como a última pessoa que esteve com a vítima, Fabíola Conceição, desaparecida há mais de 50 dias.
O assassino atraiu Fabíola com a promessa de um emprego, conforme relata a matéria, que não vamos detalhar aqui, pois o que importa mesmo são os fatos que levaram ao crime, ou melhor, que permitiram um bandido assassino perigoso tirar mais uma vida ‘sem ser incomodado”.
Sevanil Silva estava temporariamente livre do sistema prisional do Rio de Janeiro, onde cumpria pena por homicídio qualificado “até 2031”. Foi solto, primeiro por uma regra que permite a visita periódica familiar, mas, neste caso, por um período mais longo, por causa de decisão da justiça que liberou não apenas o assassino de Fabíola, mas também muitos outros criminosos, por causa da pandemia.
Fabíola não morreu de Covid. Sevanil não morreu de Covid e ficou ‘protegido’ do vírus, como queriam a justiça, os movimentos de direitos humanos e outros mais. Mas Sevanil matou Fabíola e amarrou o corpo dela a um tonel por mais de 50 dias.
Sevanil da Silva era branco e Fabíola, mulher, pobre e negra.
Não vimos, até agora, absolutamente ninguém de qualquer movimento feminista, de favela, de “vidas negras importam”, parlamentares de partido de esquerda … ninguém se manifestou, fez ato público, votou para dar um nome de rua ou fez ao menos uma citação em memória da vítima.
Por decisões da justiça, como a emitida pelo próprio Supremo Tribunal Federal, na caneta do ministro Edson Fachin, em dezembro do ano passado, presos do semiaberto foram liberados para ir para a prisão domiciliar devido à pandemia. Para tanto, bastava que fossem do grupo de risco (condição subjetiva e aberta a vários precedentes) e que estivessem em cadeias superlotadas (o que vemos em quase 100% do sistema prisional brasileiro).
Graças a medidas como essa do STF, há nas ruas, centenas, senão milhares de Sevanils – brancos, pretos, pardos, amarelos, héteros, LGBTQIA+ … isso não importa, mas apenas que são perigosos, em busca de novas Fabíolas ou Fábios, também brancos, pretos, pardos, amarelos, héteros, LGBTQIA+.
O fato é que os bandidos estão na caça, mas o importante é que estão livres da Covid.
Quem é o genocida?
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da Redação