“Impeachment tem várias circunstâncias, e venho dizendo isso muito claramente. O (ex-presidente Michel) Temer tinha apenas 3% de aprovação popular, com o Janot (Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República) todo o dia disparando uma flecha. E passou por dois pedidos negados na Câmara. Lula teve o mensalão e não teve pedido de impeachment, com um rebanho de gente pedindo. Fernando Henrique teve. Rodrigo Maia, claramente de oposição a Bolsonaro, teve 67 pedidos de impeachment na gaveta. Pautou um? Por quê?”
Esta fala foi dita em entrevista ao jornal O Globo, pelo deputado federal Arthur Lira (PP-AL), que preside a câmara dos deputados, em Brasília.
O parlamentar alagoano lembrou ainda que mesmo que os opositores insistam com o discurso de que o presidente não tem base de apoio popular para se contrapor ao impeachment, isso não é um fato, considerando por exemplo, os 347 votos de deputados da própria base do governo, contra apenas 122 de opositores
Assim, Lira coloca uma pedra sobre os pedidos de impeachment levados à sua mesa, quase sempre pelas mãos dos parlamentares de oposição do congresso nacional e joga ainda um verdadeiro 'balde de água fria' sobre uma nova solicitação que deve chegar nos próximos dias, que está sendo chamada, pateticamente, de “superpedido”, preparada em conjunto por PSOL, PT, PCdoB, PSB, Rede, Unidade Popular, PV e Cidadania, além de ex-apoiadores de Bolsonaro, como Alexandre Frota (PSDB) e Joice Hasselmann.
Este novo pedido, aliás, deve conter como um dos supostos “crimes” imputados ao presidente da República, na narrativa de que houve atraso na compra de vacinas da Pfizer. Argumento que também foi desconstruído por Arthur Lira que disse ter acompanhado pessoalmente a fase de negociações com a farmacêutica americana em fevereiro, e que mesmo nesta época mais recente ainda não havia a autorização da Anvisa para a permissão de compra.
“Não teria resolvido o problema da pandemia”,
disse o deputado que afirmou ainda que todas as vidas importam, mas que há uma jogada política para responsabilizar Bolsonaro.
Na entrevista, Arthur Lira também bateu forte na CPI, em curso no senado federal:
“Neste momento, a CPI é um erro. A guerra está no meio. Como é que você vai apurar crime de guerra no meio da guerra? Como vai dizer qual é o certo? Até dois meses atrás, o Chile era a nossa referência. Como está hoje? Por que está desse jeito se já vacinou 60%, 70%? No combate à pandemia, não tem receita de bolo pronta. Você não sabe qual variante (predomina), se fica ou sai de lockdown. A CPI polarizou politicamente e não vai trazer efeito algum, a não ser que pegue alguma coisa”.
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Fonte: O Globo
da Redação