Os amigos que Dilma renega e as mentiras que não resistem aos fatos
14/06/2016 às 05:47 Ler na área do assinanteRenegar fatos evidentes, que todos assistiram, é algo extremamente grave e que depõe diretamente contra o caráter de quem o faz.
Dilma é contumaz nesse tipo de coisa e, pior, nenhum pouco convincente para ‘mentir’.
Quando ainda no segundo mandato de Lula, e Dilma ocupava a Chefia da Casa Civil, a então secretária da Receita Federal, Lina Vieira, acusou-a de tê-la convocado para uma reunião no Palácio do Planalto e na conversa, a ministra teria pedido que Lina interferisse no andamento de uma investigação tributária que incomodava a família do presidente do Senado, José Sarney. Na época, Dilma negou a reunião. Dilma mentiu.
As câmeras do Planalto poderiam delatá-la. As imagens foram apagadas.
Uma agenda apresentada por Lina Vieira descrevia o encontro: 9 de outubro de 2008, dar retorno à ministra sobre família Sarney.
Naquela época a popularidade do governo estava altíssima, Lina foi demitida, mas premiada com um outro cargo e a história não prosperou.
Mais recentemente, Dilma afirmou que o ex-senador Delcídio do Amaral tinha ‘a prática de mentir’.
Ora, Delcídio era o seu líder no senado até o dia em que foi preso.
Dilma até poderia em sua defesa dizer que ele, em sua delação, estava mentindo, mas dizer que ‘tinha a prática’, justo ele que foi o seu líder. Depõe contra ela própria. Quanta sordidez!
E com Nestor Cerveró, que hoje Dilma renega, e diz ‘nunca tive amigo da qualidade do Cerveró’. Mais uma mentira. A amizade existiu e perdurou durante 15 anos. Foram próximos, viajavam juntos e tiveram inúmeros encontros. E, pra encerrar, na cerimônia de casamento de Paula, filha única de Dilma, só dois convidados do mundo político: Lula e Cerveró.
Edmundo Zanatta