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Carlos Gabas não é convocado a depor, e CPI escancara a proteção à corrupção e ao desvio de verbas públicas

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Em votação nominal, na manhã desta quarta-feira, os membros da CPI da Pandemia, no senado federal, rejeitaram, por 6 a 4, a convocação do secretário-executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas.

O objetivo para obter o depoimento de Gabas, que também foi ministro de Lula e Dilma, sobre a compra de respiradores hospitalares para UTI, por meio intermédio da Hempcare, empresa especializada na importação de produtos derivados de Cannabis, a maconha.

O contrato avalizado pelo Consórcio Nordeste previa a entrega de 300 equipamentos, a um custo total de R$ 48 milhões. Os produtos jamais foram entregues, ainda que parte do valor tenha sido pago e não ressarcido, gerando prejuízo ao erário e levando a abertura de investigações pela Polícia Civil da Bahia, na operação Ragnarok.

A convocação foi solicitada pelos senadores Marcos Rogério (DEM-RO), Eduardo Girão (Podemos-CE) e Ciro Nogueira (PP-PI).

Votaram contra o requerimento, Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente, Jader Barbalho (MDB-PA), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Otto Alencar (PSD-BA) e Humberto Costa (PT-PE).

O resultado comprova o que os parlamentares da base governista vêm afirmando desde antes da criação da CPI. O colegiado surgiu apenas com o objetivo de atacar politicamente o presidente Jair Bolsonaro e os membros do executivo, além de criar uma verdadeira cortina de fumaça para encobrir os milhões desviados, em verbas federais, nos estados e municípios.

da Redação Ler comentários e comentar