“TEODORO — Fiéis ao compromisso de ontem, caro Sócrates, aqui estamos. Trouxemos conosco este estrangeiro natural de Eléia e que, aliás, é realmente um filósofo, pertencente ao círculo de Parmênides e Zenão”.
“SÓCRATES — Caro Teodoro! Não terias trazido, sem o saber, um DEUS em lugar de um estranho, para empregar uma expressão de Homero? Ele diz que, embora haja outros Deuses companheiros dos homens que reverenciam a justiça, é especialmente o Deus dos Estrangeiros, que melhor pode avaliar a disparidade ou a eqüidade das ações humanas. Certamente quem te acompanha é um desses seres superiores que virá observar e contradizer, como refutador divino, a nós que somos fracos pensadores”. (Sofista – Platão).
Posando de “Deus”, Barroso, que ninguém quer obedecer ou prestar culto, desceu de seu pedestal e do Olimpo onde mora, com tudo pago pelos escravos brasileiros, e veio dar uma olhadinha na terra dos “tupiniquins que saíram das selvas”, segundo o conceito do Presidente-Canhota-Argentino-Fernandez.
Veio, olhou, foi até a Comissão que debate o voto impresso na Câmara Federal e derramou um tostão de sua sabedoria aos “pobres diabos que habitam a Terra de Pindorama” e disse majestosamente:
- “Portanto, se o Congresso Nacional decidir que deve ter voto impresso e o Supremo validar, vai ter voto impresso. Mas vai piorar, a vida vai ficar bem pior” .... “Aliás, a vida vai ficar parecida com o que era antes. Creiam em mim.”
Atente para o condicionante “Se”, que o bom “Deus Barroso” nos brindou: “Se o Congresso Nacional aprovar.... (Se) implícito, o Supremo validar”. O “Deus da Justiça Eleitoral”, que não existe em nenhum outro país, somente na Terra Tupiniquim, avisa que “mesmo que os Parlamentares, eleitos legitimamente pelo povo aprovem o voto impresso, ele e os 10 outros deuses do Supremo Tribunal Federal que nos governam possuem o poder de rasgar a Constituição e podem não aprovar.
O bom “Deus Barroso” em sua sabedoria foi além e nos fez uma dura advertência dizendo: “Mas vai piorar, a vida vai ficar bem pior” .... “Aliás, a vida vai ficar parecida com o que era antes. Creiam em mim.”
E voltou com sua corte para o Olimpo, onde mora. Para sua realidade.
Não quis nem saber se alguns jornais, blogs, parlamentares, argumentaram, mostrando a realidade de outros países. Eis a manchete da Folha:
"Só Brasil, Bangladesh e Butão usam urna eletrônica sem comprovante do voto impresso”.
Aqui uma pequena lista de países que adotam a urna eletrônica:
Albânia - Urna eletrônica com voto impresso; Argentina- Urna eletrônica com voto impresso * (província de Salta); Bangladesh - Urna eletrônica sem comprovante de papel ; Butão - Urna eletrônica sem papel; Brasil - Urna eletrônica sem papel; Bulgária - Urna eletrônica com registro em papel; Bélgica - Urna eletrônica com registro em papel *- Estados Unidos - Usa urna eletrônica com registro impresso, cédulas em papel escaneadas e urna eletrônica sem registro impresso (menos de 5%); França - Cerca de 60 cidades usam urna eletrônica com registro em papel; Índia - Urna eletrônica com registro em papel; Irã - Urna eletrônica com registro em papel; México - Urna eletrônica com comprovante em papel em uma minoria das seções; Namíbia - Urna eletrônica sem comprovante em papel (em eleições de 2020, após questionamento na Justiça, voltou para voto em cédula de papel); Panamá - Urna eletrônica com registro em papel; Paraguai - Urna eletrônica com registro de papel; Peru - Urna eletrônica com registro em papel; República do Congo - Urna eletrônica com registro em papel *; Rússia - Na eleição presidencial de 2018, 9% das urnas eram eletrônicas, sem registro de papel, e o restante eram cédulas de papel escaneadas ou só depositadas nas urnas; Venezuela - Urna eletrônica com registro em papel. (Fonte: Instituto para Democracia e Assistência Eleitoral).
Sócrates, ironicamente, abre o texto, indagando se “Teodoro não havia trazido um Deus no lugar de um homem”. No diálogo com o Sofista desmascara e massacra todos esses homens que posam de “seres superiores”, com sua lógica incomparável.
Pela lógica do “Divino Sofista Barroso”, todos os países que adotaram “o voto impresso pela urna eletrônica ficaram piores, “bem piores”.
Portanto, segundo o Divino Barroso, além do Brasil piorar por adotar o voto impresso, EUA, França, Bélgica, Rússia, México... ficaram bem piores do que antes de adotarem o voto impresso pela urna eletrônica, “bem piores”.
Só que a realidade desmente o ex-advogado do terrorista e assassino que matou a sangue frio 4 pessoas na Itália, Cesare Battisti, Barroso, que na época ainda não posava de Deus. Estava em treinamento.
Em 31 de dezembro de 2010, o condenado petista Lula, que foi preso junto com uma penca de ministros por assalto ao país, concedeu asilo ao assassino Cesare Batistti. Era o último dia de seu 2º mandato.
Em 8 de junho de 2011 o STF concede liberdade a Cesare Battisti, sob o argumento de que “O que está em jogo aqui é um ato de soberania do presidente da República (Lula). A República italiana litigou contra a República Federativa do Brasil” (Luiz Fux).
Em 26 de junho de 2013, indicado pela petista cassada Dilma Roussef, o advogado Luís Roberto Barroso foi empossado no cargo de ministro do STF. Era o prêmio por ter convencido o Brasil de que um terrorista-assassino não era assassino.
Com esse ato, tornou-se “o Deus Barroso” e foi morar no Olimpo.
Em 2021, “o Deus Barroso” desce do Olimpo, joga fumaça nos olhos dos brasileiros, e quer fazê-los acreditar que o voto impresso, que permite auditagem, é algo péssimo para o país.
É a mesma lorota que fez o Brasil acolher um assassino.
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Carlos Sampaio
Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)