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A fúria contra a Lava Jato é silenciosa e vem de todas as direções
11/06/2016 às 08:36 Ler na área do assinante
Toda a classe política brasileira tem algum tipo de envolvimento com corrupção. É a triste conclusão, depois de dois anos de Lava Jato.
Quem não participou diretamente, de alguma forma foi beneficiado.
O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da operação, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, asseverou: ‘São pessoas tramando em segredo contra a Lava Jato. Querem cortar as asas da Justiça e do Ministério Público’.
‘Buscam construir uma cápsula, um escudo para que continuem inatingíveis’, acrescentou o procurador.
Ele se referia aos políticos flagrados nos áudios de Sérgio Machado, mas a assertiva vale para toda a imensidão da classe política.
Nos áudios, Romero Jucá fala em ‘estancar a sangria’. Renan, vai mais além, e sugere mudar a lei de delação premiada.
Jandira Fehgali, comunista do PCdoB, crítica mordaz dos políticos flagrados nas gravações de Sergio Machado, foi uma das agraciadas pelo mesmo esquema (veja aqui).
Uma assustadora e horripilante incoerência e mais uma demonstração de que não escapa ninguém e de que só quem realmente está do lado da Lava Jato é a população.
Daí, a explicação para aquele pronunciamento do juiz Sérgio Moro, quando pedia o apoio popular para que a maior operação da história contra a corrupção tivesse continuidade.
da Redação