E chegamos ao 5º episódio da série sobre a CPI. Falamos do bandido, do esposo de presidiária e acusado de pedofilia, do Múmia, da Machado e agora é a vez do drácula. Diante dos personagens parece, na verdade, estarmos comentando do clipe de Michael Jackson, Thriller.
Certamente eles fariam boa figura, mas, por hora, só infernizam os depoentes pró governo no circo para idiotas, em cartaz de terça à quinta-feira no congresso brasileiro.
O drácula, já afirmo ao ilustre amigo ouvinte, tem origem no senador Humberto Costa e a bem da verdade, na criação da criatura, a Hemobrás. Médico e jornalista pernambucano de campinas em São Paulo, sim, nasceu em SP, mas, voltou cedo à Recife onde estudou e se formou. Filiado ao PT desde 1980 foi ministro da saúde do primeiro governo Lula.
A hemobrás era a empresa estatal criada em sua gestão, empresa de hemoderivados alvo da operação vampiro, eis a origem da alcunha do senador que demonstrou total desconhecimento de geografia, quando afirmou haver um muro em uma suposta fronteira entre Brasil e México. Só pra lembrar e rir um pouco.
A operação vampiro resultou em 17 mandados de prisão e 42 ordens de busca e apreensão entre São paulo e Recife. Consistiu em um desvio de verbas da ordem de 2,31 bilhões de reais aos cofres públicos.
A fraude consistia em malas de dinheiro transitando entre lobistas e os membros do ministério responsáveis pelas compras de hemoderivados. O coordenador de todo o esquema foi, supostamente, Luiz Cláudio Gomes da Silva, nomeado por Costa e com quem havia trabalhado na prefeitura de Recife. O benefício da imortalidade do Costa drácula que usa o tempo para estreitar boas amizades.
À época o Drácula afirmou que não deixaria o governo porque fora ele próprio que fizera as denúncias, mais uma prova das virtudes imortais de um Vampiro. Mesmo quando seu afeto e protegido foi preso e exonerado do cargo por ser quem avisava aos lobistas das licitações de hemoderivados, Luiz Cláudio dançou e o Vampiro se fez de enganado, desiludido e desentendido, culpando a impunidade no Brasil.
Esta é a única afirmação que podemos concordar com o vampirão, em um país onde o criminoso, que ele defende com unhas e dentes, consegue manipular o STF e se colocar em liberdade e disputar uma eleição presidencial, só pode, realmente, ser o país da impunidade.
Além de tudo isso, a própria impunidade do drácula, inocentado em investigação na operação vampiro, é a prova inconteste da própria afirmação deste personagem.
Apesar de tudo o que foi dito, apesar de toda a história ser verídica, apesar de toda a impunidade que assola o país e revolta os cidadãos de bem, para a surpresa destes últimos, há um enorme grupo de pessoas dando crédito à estas falácias, aos fetiches de senadores como o vampiro e creditando tudo de pior que acontece no Brasil a uma só pessoa, o presidente Bolsonaro.
O único que ousou enfrentar o sistema é o que mais vem sendo atacado por representantes do próprio sistema.
Confira:
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Cláudio Luis Caivano
Advogado.