Viúva de ganhador da Mega-Sena perde, definitivamente, disputa por herança
01/06/2021 às 08:49 Ler na área do assinanteApós 14 anos, chegou a fim a disputa judicial pela herança do ex-lavrador Renê Senna, assassinado em 2007. Renata Senna, filha única do ganhador da Mega-Sena, foi autorizada pela Justiça a receber metade da fortuna, que, hoje, está avaliada em, aproximadamente, R$ 120 milhões. A outra parte vai ficar com os irmãos de Renê.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um recurso da viúva Adriana Ferreira Almeida, condenada em dezembro de 2016 a 20 anos de prisão pelo homicídio do marido. A intenção da ex-cabeleireira era validar o testamento que a beneficiava.
A decisão de agora confirma o entendimento da 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de 2018, que já havia anulado o testamento dando à viúva o direito à metade da fortuna. O Judiciário considerou que o milionário foi manipulado por Adriana, que já teria um plano para matá-lo e, por isso, reconheceu um testamento anterior, que entregava a nove irmãos de Renê o direito à metade de seus bens.
A defesa dos parentes de Renê aguarda apenas o retorno do processo ao Rio para pedir a retirada da herança.
O milionário foi executado a tiros, em janeiro de 2007, no município de Rio Bonito, na Região Metropolitana fluminense. Adriana encomendou a morte do marido depois que ele disse que iria excluí-la do testamento. René sabia que estava sendo traído.
Por decisão da Justiça, imóveis que fazem parte da herança de Senna já começaram a ser leiloados para dividir o dinheiro entre a família. Em março deste ano, a Fazenda “Nossa Senhora da Conceição”, onde Renê morou os últimos meses de vida com a esposa, foi vendida. A propriedade estava abandonada e saqueada.
Além de perder o acesso a todo o dinheiro do marido morto, Adriana também sofreu nova derrota na Justiça. É que a Vara de Execuções Penais (VEP) negou um pedido da defesa dela para trabalhar fora da cadeia. A viúva do milionário havia recebido uma proposta para se tornar empregada doméstica.
A Vara Penal constatou que o pedido não era verdadeiro e que “a proprietária da residência não confirmou a proposta de emprego, declarando que não tem condições financeiras no momento para realizar a contratação de uma empregada doméstica”.
Adriana foi condenada definitivamente pelo assassinato de Renê, em setembro de 2020, e já utilizou todos os recursos possíveis para sua defesa. Ela já cumpriu quatro anos da pena, contando o período em que ficou presa preventivamente, antes da sentença.
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Fonte: Extra