CPI da Covid, daqui para frente, "vai apenas aumentar a sua própria contradição", garante líder do governo

30/05/2021 às 15:46 Ler na área do assinante

O líder do Governo na Câmara, deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), garante que a CPI da Covid-19 instaurada no Senado Federal por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), não conseguiu, até o momento, nenhuma prova contra a atuação do Governo Federal no enfrentamento à pandemia do coronavírus.

Apesar da cúpula da Comissão, composta pelo tal “G7” (grupo de sete senadores opositores ao Governo Bolsonaro), tentar elaborar perguntas tendenciosas aos depoentes, pressionar, intimidar e ameaçar os entrevistados, o colegiado não encontrou nenhuma posição, documento ou declaração que justifique o crime de responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro.

“Tanto que está chamando de novo o ministro Queiroga. Chamando de novo o ministro Pazuello porque, até agora, não achou nada. Os principais depoimentos da CPI já aconteceram e não aconteceu o impacto que eles esperavam nem na formação de opinião pública, nem de conteúdo para o relatório do senador Renan Calheiros”, pontuou, opinando que as próximas semanas do colegiado devem apenas ampliar a contradição dentro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
“Acho que a CPI já causou o seu impacto político inicial e, daqui para frente, vai apenas aumentar a sua própria contradição, porque passará a ouvir pesos que discordam da linha de raciocínio da CPI. São pessoas qualificadas, mestradas e doutoradas”, completou o deputado.

Barros acredita que a “fundamentação teórica” e os argumentos da cúpula da CPI acabam caindo em contradição ou mesmo em descrédito porque o próprio coronavírus é uma novidade, o que aumenta as incertezas.

“A CPI não vai provar se o governo errou ou não porque a Covid-19 é uma coisa muito nova e ninguém tem certeza do que é certo e do que é errado. Ninguém tem, absolutamente, certeza se um medicamento faz ou não o efeito adequado ou tem feitos colaterais inadequados. Isso demora tempo”, explicou.

O líder do governo na Câmara também questionou a eficácia do uso de máscaras, afirmando que “não existe nenhum estudo que prove que a máscara diminua a contaminação”.

“Não tem nada que prove isso! A gente acha que é bom e todo mundo usa”, salientou.

Sobre as manifestações convocadas pela esquerda contra o governo, no sábado (29), o parlamentar disse:

“Uma reação para não permitir que a versão positiva do movimento pró-Bolsonaro fique na mente das pessoas. Como movimentos foram significativos, procurou causar o contraponto. É absolutamente normal, mas esse movimento [deste sábado] foi reação ao movimento prestigiado do presidente Bolsonaro”, explicou.

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Fonte: JPNews

da Redação
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