Argentina também reclama de cláusulas da Pfizer e desmonta narrativa de senadores oposicionistas na CPI (veja o vídeo)
29/05/2021 às 20:48 Ler na área do assinanteO Laboratório Pfizer e o Governo da Argentina também tiveram divergências com relação ao contrato “leonino” de venda das vacinas contra a Covid-19. Os primeiros contatos entre a Gestão do presidente Alberto Fernandéz e a farmacêutica iniciaram em meados de 2020 e, em julho, um comunicado da Pfizer informava que a Argentina havia sido escolhida como um dos locais de testes clínicos do imunizante.
Porém, o governo argentino e o laboratório, até o momento, não conseguiram se entender nem chegaram a um acordo de compra e venda das vacinas. A Argentina não pôde sequer adquirir uma única dose para o país.
Nesta quinta-feira (27), em entrevista, Alberto Fernandéz falou sobre o caso.
“Qual foi a primeira vacina aprovada pela Argentina? Você quer me explicar por que não quero comprar, se foi a primeira vacina que aprovei? Não quero comprar porque, entre as condições iniciais que a Pfizer colocou, agora está mudando algumas, a verdade é que a Pfizer me pôs em uma situação muito violenta de demandas e comprometeu o país”, desabafou Fernandéz.
A declaração do argentino é muito parecida com os motivos que levaram o presidente Jair Bolsonaro a não fechar contrato com a Pfizer, logo de início. Entre as cláusulas absurdas, a farmacêutica não se responsabilizava pelas consequências advindas do uso do imunizante e a regra acendeu um alerta nos setores jurídicos da Advocacia-Geral da União (AGU) e do próprio Ministério da Saúde, que foram contra a assinatura naquele momento.
Confira o vídeo:
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