Aziz não confirma "racha" no "G7", mas admite: "Não quero convidar para jantar em casa"

27/05/2021 às 12:44 Ler na área do assinante

Na quarta semana de trabalhos da CPI da Covid-19, quem diria, o grupo do “G7”, formado por senadores de oposição que tinham feito uma grande “acordão” no início do inquérito; agora, estão de lado um com o outro.

O presidente da Comissão, Omar Aziz (PSD-AM), não quis confirmar um “rompimento” entre eles, mas indicou que não são amigos mútuos e disse que não os convidaria para “jantar em casa”.

"Eu não quero convidar ninguém mais para jantar na minha casa, não. Não tenho condições", brincou Aziz, fazendo referência a uma reunião entre os parlamentares em que acordos feitos nos bastidores não teriam sido cumpridos em plenário.

O senador afirmou que se irritou durante a sessão desta quarta-feira (26) porque havia sido acordado que nove governadores — além de Wilson Witzel, impedido no Rio de Janeiro — cujos estados estavam sob investigação da Polícia Federal seriam convocados, sem que prefeitos fossem chamados neste momento.

Porém, o acordado não foi cumprido porque os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Renan Calheiros (MDB-AL), ambos do “G7”, não queriam convocar o governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB).

"Aquilo que é acordado tem que ser cumprido. Não pode mudar de opinião na hora", reforçou.

Em outra “diretaça” a integrantes do “G7”, ele criticou o pedido descabido do “nervosinho” senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) que, por sinal, integra o grupo, de convocar o presidente da República, Jair Bolsonaro, para depor.

"Não temos poder de convocar presidente nem ministro do Supremo", argumentou.
"É fácil convocar o papa. Mas eu tenho poder para convocar o papa? Não tenho", prosseguiu.

Sobre a possibilidade de quebra de sigilos citados, anteriormente, ele explicou.

"Temos que ter alguma substância e essa substância está chegando às nossas mãos pelos requerimentos que nós fizemos. Não há nenhuma possibilidade, neste momento, de fazermos alguma coisa açodada", admitindo que, até agora, a CPI não conseguiu nenhuma prova de ação ou omissão do Governo Bolsonaro. Ouviu apenas a verdade.

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Fonte: R7

da Redação
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