A CPI circo dos horrores... A montanha que pariu um rato morto
20/05/2021 às 04:52 Ler na área do assinanteConvidado a participar de evento literário em rádio, onde se argumentaria sobre a obra de George Orwell, o clássico da literatura intitulado 1984, me vem à mente imediatamente o fato de que o autor publicou a obra em 1949, apenas 4 anos após o fim da segunda guerra mundial.
Entendida a genialidade do autor, seu personagem principal chama-se Winston, como Churchil e não é de surpreender que tenha imaginado um futuro distópico, tendo visto Winston, o Churchil, aliar-se a Stalin.
O inimigo do meu inimigo é meu amigo na luta pela liberdade. Eis a máxima utilizada pelo autor no desenlace de sua obra. Um de seus pensamentos dos quais mais tenho apreço é:
“Quanto mais a sociedade se afasta da verdade, mais odeia aquele que as revela.”
Não poderia concordar mais com o pensamento do autor, principalmente quando estamos observando o espetáculo circense da CPI no Senado brasileiro, tendo como presidente Omar Aziz, cuja esposa foi presa em 2019 por desvio de verbas da saúde e é novamente investigada pela PF em ações contra fraudes durante a pandemia.
É no mínimo jocoso que a operação da PF de 2016 que, referendou haver desvios de verbas no estado do Amazonas cujo governador de 2010 a 2014 era ninguém menos que Omar Aziz, tenha se chamado Operação Maus Caminhos.
Maus caminhos por óbvio são o de uma CPI que tem este presidente que parece ter a família mais poderosa no Amazonas do que imaginaria em seus melhores anos de delírios, a organização cosa Nostra.
Preste bem atenção meu caro leitor, pois, os nomes podem confundir, o Instituto Novos Caminhos era presidido por Mohamad Mustafa, compadre de Murad Abdel Aziz, que pelo sobrenome já indica pertencer à família e sim, é irmão de Omar.
Para se ter uma ideia do montante desviado, cerca de 250 milhões de reais foram movimentados na saúde amazonense e desapareceram. A PF conseguiu bloquear 92 milhões da família.
O presidente desta CPI conhece bem os seus meandros e pormenores, pois, em 2004, já havia sido inocentado por uma delas, uma CPI que investigava exploração sexual enquanto ele vice-governador, era acusado de explorar uma menina e coagir uma delegada.
Este, parece ser o futuro distópico que George Orwell escreveu há 72 anos, onde credenciais como estas são de um presidente de CPI que visa investigar ninguém mais ninguém menos do que o presidente da República no combate à pandemia.
E tudo isto sem falar do relator, guardemos munição para a próxima!
Utilizando-me de um nome técnico médico para descrever tamanha sandice, um verdadeiro circo dos horrores, a CPI da COVID é teratológica, ou seja, nasceu morta. E em alusão a um dos provérbios de Horácio que certamente o meu amigo leitor ouviu da boca diligente do ex-ministro Sérgio Moro, 'Parturiunt montes, nascetur ridiculus mus. “A montanha pariu um rato”, em minha humilde opinião, um rato é teratológico!
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Cláudio Luis Caivano
Advogado.