Um dos maiores atletas da história mundial morreu na madrugada deste sábado.
Cassius Marcellus Clay Junior, o Muhammad Ali, aos 74 anos de idade, em um hospital de Phoenix, nos Estados Unidos.
A figura lendária foi construída pela junção de seu inegável talento e por sua postura política, sempre polêmica e contundente.
Filho de uma família extremamente humilde, o pai era pintor e a mãe empregada doméstica.
Foi descoberto por Joe Martin, um técnico de boxe, quando tinha apenas 12 anos de idade, com apenas 40 quilos, após reagir a assaltantes que tentavam levar sua bicicleta. Martin assistiu a cena e ficou impressionado. Desse dia em diante, não parou mais de lutar.
Com 18 anos foi campeão olímpico nos Jogos de Roma. Muhammad Ali nascia para o mundo.
Depois, iniciou sua carreira profissional, e com apenas 22 anos já era o campeão. Para tanto, venceu 15 combates consecutivos, até chegar a disputa do cinturão dos pesados contra Sonny Liston. Venceu por nocaute, no sétimo round, e ficou com o título da Associação Mundial de Boxe e do Conselho Mundial de Boxe.
Sua adesão ao Islamismo, motivou a perda do cinturão da Associação Mundial de Boxe, que veio a recuperar numa revanche contra o próprio Sonny Liston. A vitória veio por nocaute, com pouco mais de dois minutos no primeiro round.
Em 1967, mais uma vez perdeu o título fora dos ringues. Ele se recusou a aceitar a convocação do exército americano para combater na Guerra do Vietnã. Ainda disse que não via motivos para lutar contra os vietcongues porque ‘nenhum deles me chamou de crioulo’. Ficou impedido de lutar por alguns anos.
Retornou aos ringues em 1970. Teve oportunidade de reconquistar o título em 1973, numa luta épica contra George Foreman. Ganhou por nocaute no oitavo assalto e embolsou US$ 5 milhões na época.
Em 1978, pela primeira vez perdeu o cinturão nos ringues, contra Leon Spinks.
Na revanche, retomou o cinturão.
Longe dos ringues, sua luta passou a ser contra as doenças.
Foi vencido neste 04 de junho.
da Redação