Como a esquerda ganha com as fake news?

16/05/2021 às 16:03 Ler na área do assinante

Em tempos de pandemia do novo Coronavírus – COVID-19, o mundo todo se vê na obrigação de se recolher, tornando-se obrigatória a discussão sobre essencialidade de coisas, de atividades, de deslocamentos e de presenças.

Porém, o jornalismo é, entre tantas, uma atividade essencial. Nenhum decreto governamental, a menos que venha de um regime comunista, pode tirar-lhe esta essência.

A difusão de informações parece ser imune ao totalitarismo, ao menos no que se refere à atividade em si.

Um jornalismo reto ajuda a desmascarar más intenções, maus espíritos.

No entanto, jornalismo sério é raro hoje em dia, infelizmente.

Praticamente toda uma mídia enferrujada (infelizmente, a que ganha ainda grande credibilidade) tornou-se obsoleta para passar informações isentas e verdadeiras.

As “verdades consentidas”, que ninguém mais discute, que esta mídia mesquinha trata como verdades acima de todas as coisas, é o marxismo cultural. Jornalismo marxista é um desserviço, um estelionato, tanto por seus meios quanto por seus objetivos.

O modo como smartphones são usados hoje é fato autoevidente desta trajetória que terminou em uma falsidade consentida.

A nova dialética do homem moderno com o seu smartphone é tragicômica.

Ao mesmo tempo, com um dedo, vemos o que se passa no outro lado do mundo e fazemos juízo crítico do falso e do verdadeiro. Nosso dedo torna-se juiz de nossas crenças, nossas ações, do mocinho e do bandido, do certo e do crime.

Por que tantas informações importantes e decisivas não ganham o relevo social que deveriam, se passando por fake news? Culpa dos dedos, como dizem os mimados irresponsáveis?

Certa vez um colega de trabalho me chamou fora do grupo de whatsapp e me falou que não acredita em assassinato de cristãos. Segundo ele, as páginas que os veiculam são fake news. Ou seja, ele não acredita em cristofobia. Acha que tudo é coisa de bolsonarismo.

Diferente de um estrondo de um socialismo revolucionário, o marxismo cultural veio para o mundo como quem não quer nada, ou seja, silencioso, de fininho.

Esse meu colega foi atingido pelo laço do mal. Os filhos das trevas são mais hábeis do que os filhos da luz, adverte Lucas 16:8.

Como um santo, beatificado, o marxismo assumiu o controle da vida pública e privada para roubar o legado cristão e grego do ocidente e transformá-lo em um nada (família, tradição, costumes, infância, verdades, valores, etc.). Não da noite para o dia, universidades, igrejas, escolas, assembléias, jornalismo, cinema, teatro, judiciário, começaram a falar a mesma língua abjeta de socialistas armados.

Enfim, a grama deixa de ser verde a menos que provemos que ela continua sendo verde, como alertou G. K. Chesterton. Isto é, se ainda aceitarem nossa prova de que a grama continua sendo verde.

Equiparo a mídia que temos hoje com os sofistas da antiguidade, caras de pau, metidos a intelectuais filósofos, mercenários da cultura envernizados de uma falsa beleza e falsa lucidez.

Protágoras, um sofista da antiguidade, disse: “O homem é a medida de todas as coisas, das que são por aquilo que são e das que não são por aquilo que não são” (homo mensura). Esse axioma pode ser resumido simplesmente assim: “O homem é a medida de todas as coisas”.

Daqui veio o relativismo cultural, já que houve quebra do argumento absoluto, das absolutas verdades. Tudo passou a ser relativo, medido exclusivamente pela subjetividade, pelo pensamento, cabeça de cada ser pensante. Essa foi a consequência.

Infelizmente, Protágoras foi um profeta, não naquilo que pretendia, mas nas consequências de sua ação desastrosa. O homem perdeu a medida de todas as coisas, inclusive de si mesmo e do resto à sua volta.

Esses acontecimentos já estavam previstos. Em Lucas 18:8 se lê assim: será que vai haver fé ao tempo em que chegar a vinda do homem?

Sergio Mello. Defensor Público no Estado de Santa Catarina.

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