“Se a injustiça, a mentira, o egoísmo, a cobiça, a rapacidade, a grosseria d’alma, a baixeza moral, a inveja, o rancor, a vingança, a traição, aparecessem nus e desnudos aos olhos do indivíduo, aos olhos do povo, aos olhos da sociedade, aos olhos do mundo, ninguém preferiria o mal ao bem, e o bem não se veria jamais desterrado pelo mal”. (Rui Barbosa).
A batalha final que se travaria em 2022 foi antecipada. Uma CPI foi montada com os “melhores” representantes da história do Senado Brasileiro, como vocês verão abaixo, com o objetivo, segundo eles, de investigar o governo Bolsonaro.
Ostentando santidade e bondade se apresentam ao país como super-heróis e salvadores da pátria, dançando macabramente sobre cadáveres de milhares de brasileiros mortos por uma pandemia que ninguém sabe de onde veio e que se combate apenas com vacinas.
Esses seres com um anel luminoso resplandecendo sobre suas cabeças compreendem perfeitamente o que é o bem e o mal, sabem como e quando violar o código moral:
“Assim, é conveniente parecer piedoso, fiel, humano, integro, religioso, e sê-lo realmente; mas estar com o espirito preparado e disposto de modo que, precisando não sê-lo, possas e saiba tornar-te o contrário". (O Príncipe, cap. 18 – Maquiavel)”.
Com esse espirito surgiu dentro da CPI um grupo denominado de “G7 da pandemia”. Surgiu como um espetáculo midiático e assim será tratado daqui para frente em nosso texto:
- Senhoras e Senhores, eu vos apresento os novos salvadores da nação brasileira, aqueles que criaram uma CPI para aparecer todos os dias na TV, os novos “super-heróis”, a nova Liga da Justiça: O "G7 da Pandemia”.
Apresento-vos também Eduardo Costa, ao qual solicito licença para incluir no texto a letra de sua música: “Cuidado”.
O Presidente-super-herói do “G7 da Pandemia” se chama Omar Aziz. Segundo reportagem da CNN, publicada em14 de abril de 2021, “Aziz foi alvo de uma operação do Ministério Público Federal chamada “Maus Caminhos”. O objeto principal da investigação é o desvio de cerca de R$ 260 milhões de verbas públicas da saúde por meio de contratos milionários firmado com o governo do estado do Amazonas.
Omar Aziz é investigado porque, quando ele era governador, parte desses contratos foi firmada e um relatório parcial da Polícia Federal, o da Operação Vertex, um desdobramento da Maus Caminhos, cita seu nome 256 vezes em 257 páginas.
Em 2019, Nejmi Aziz, esposa do senador e seus três irmãos foram presos preventivamente pela Polícia Federal. Todos são alvos da operação Vertex, que investiga a prática de crimes de corrupção passiva, lavagem de capitais e organização criminosa.
Eduardo Costa que não é super-herói, mas tão somente um cidadão brasileiro, artista por profissão, cantou para o Brasil ouvir e meditar:
“Só querem nos roubar/ E nos fazerem de palhaços.
Depois que estão eleitos/ Vão morar em seus palácios.”
Renan Calheiros (MDB-AL), réu e "multi-investigado", é o super-herói mais poderoso do grupo, é o “relator”, representa tudo aquilo que o Brasil não quer, é o “herói-impune” do parlamento. Desafiá-lo é desafiar “as forças ocultas” que manipulam os cordéis da República.
O “herói-multi-investigado”, esteve presente em praticamente todos os governos desde 1982. São 9 as investigações abertas no Supremo Tribunal Federal contra ele. São eles: os inquéritos 4851, 4833, 4832, 4492, 4464, 4426, 4326, 4215 e 3993. Outras investigações contra o senador foram arquivadas por falta de provas (caso dos inquéritos 4389 e 4367) ou enviadas a instâncias inferiores (inquérito 4437).
Renan é investigado por suspeita de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na construção do Canal do Sertão, no Alagoas. Outro inquérito apura a suspeita de pagamentos indevidos em 2014 por parte do Grupo Odebrecht a senadores, em troca da aprovação de legislação favorável à empresa Braskem.
Há ainda uma investigação aberta a partir de delação do empresário Marcelo Odebrecht, que disse ter pagado a Calheiros e ao senador Romero Jucá pela aprovação da MP 627/2013, que beneficiaria a empreiteira. Ele está há 26 anos na Casa e tem mandato até janeiro de 2027. Foi três vezes presidente do Senado, além de ministro da Justiça no governo FHC. É pai do governador de Alagoas, Renan Filho (MDB).
Eduardo Costa cantou:
São carros importados/ Aviões em áreas nobres
Somente a fé em Deus/ É o que ainda resta para os pobres.
Cuidado, muito cuidado.
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) é o vice-presidente da CPI. O super herói Randolfe, também conhecido como Senador DPVAT, nega ser “senador DPVAT”: “Maior mentira já contada”, segundo entrevista concedida à JP (Jovem Pan). Possui poderes de acusador, investigador, juiz e conhece o futuro, e um superpoder capaz de prender um General de 4 Estrelas, pois deu entrevista à CNN Brasil e disse que: “Pazuello irá à CPI como testemunha e pode ser preso se mentir” ... E disse mais, usando o seu poder de antevisão do futuro: “Mesmo que o senhor Eduardo Pazuello busque esse habeas corpus eu particularmente acho que ele não venha a ser concedido”. O Super-herói do G7 já enfrentou Bolsonaro, segundo a revista Época, e tentou impedi-lo de entrar no antigo DOI-Codi, no Rio de Janeiro, em setembro daquele ano.
A revista Época reproduz as palavras de Randolfe:
“Dissemos para o Bolsonaro que ele não podia entrar, e que não era bem-vindo. Ele disse: ‘Olha só quem quer me impedir de entrar no meu quartel!’ Falei: ‘O senhor não integra esta comissão e não tem nada a ver com essa visita’. Ele me chamou de ‘moleque’, abaixou e deu um soco por baixo, no meu estômago. Depois do soco, eu empurrei ele, ele me empurrou e me chamou de ‘vagabundo’. Eu disse que o ‘cara de pau’ é ele, que não deveria estar lá”, disse Randolfe em 2013. Na ocasião, Bolsonaro negou a agressão.
Recentemente, em um áudio divulgado, Bolsonaro afirmou a Jorge Kajuru: "Mas se você não participa, daí a canalhada lá do Randolfe Rodrigues vai participar. E vai começar a encher o saco. Daí, vou ter que sair na porrada com um bosta desse".
E cantou novamente Eduardo Costa:
Cuidado que eles passam/ Só de quatro em quatro anos
E o resto deste tempo/ Eles ficam planejando
Eduardo Braga (MDB-AM), um super-herói mediano, foi acusado pelo Delator da Odebrecht na Lava Jato de ter recebido R$ 1 milhão em propina da construtora Camargo Corrêa, para a qual o executivo também trabalhou, pela obra da Ponte Rio Negro.
A suspeita é apurada no inquérito 4429. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), inocentou o senador Eduardo Braga na acusação de recebimento de propina na obra da Ponte Rio Negro. Em 08/06/2018, o ministro concedeu despacho determinando o arquivamento do inquérito 4429, que investigou o caso. Não ria.
Cantou Eduardo Costa:
A festa, o pão, o circo/ Feriado e o carnaval
Depois o povo morre/ Em corredor de hospital
Cuidado, muito cuidado.
Otto Alencar (PSD-BA), também um super-herói mediano, “começou a sua carreira mais próximo ao antigo ‘carlismo’, grupo liderado por Antônio Carlos Magalhães que comandou os principais cargos da Bahia no final dos anos 1990. Alencar foi governador da Bahia por oito meses em 2002, filiado ao PFL de ACM, após a renúncia do governador César Borges. Voltou às posições de destaque em 2011, novamente vice-governador, mas agora ao lado de Jaques Wagner (PT). Em 2015, tomou posse como senador”.
E cantou Eduardo Costa:
Vendeu
Vendeu o voto e a alma pro diabo/ E agora não adianta ficar bravo
É Deus por nós e cada um por si/ Pode parar com o choro e o mi mi mi
Humberto Costa (PT-PE), em 11/04/2017 o G1 publicava: “Ele está entre os políticos que, segundo os delatores, receberam codinomes na planilha de propinas da Odebrecht: Costa seria o ‘Drácula’. Em relação aos repasses em favor de 'Drácula', apresenta-se planilha da qual consta registro do pagamento de R$ 591.999,00", afirma o inquérito autorizado por Fachin”.
E cantou Eduardo Costa:
E vendeu
Trocou os hospitais pelos estádios/ E agora estádios viram hospitais
Você trocou Jesus por Barrabás/ Sem mais, sem mais
Tasso Jereissati (PSDB-CE), “super-herói tipo sem-sal”, é um dos líderes do PSDB, Tasso já foi presidente nacional do partido em três oportunidades. É empresário e foi governador do Ceará por três mandatos, o primeiro entre 1987 e 1991 e os dois seguintes entre 1995 e 2002. Está no segundo mandato de senador.
Os dados citados no texto são de conhecimento público e foram extraídos da publicação de diferentes jornais e revistas. Não tem intenção de denegrir a imagem de quem quer que seja, mas apenas de divulgar o que já foi publicado sobre esses personagens que se acham salvadores da pátria.
Finalizou Eduardo Costa:
Cuidado que eles passam/ Só de quatro em quatro anos
E o resto deste tempo/ Eles ficam planejando
A festa, o pão, o circo
Feriado e o carnaval
Depois o povo morre
Em corredor de hospital
Cuidado, muito cuidado.
Agora veja o vídeo e releia o texto ouvindo a música de Eduardo Costa: “Cuidado”.
Depois ore fervorosamente pelo Brasil.
Em tempos de "censura", precisamos da ajuda do nosso leitor.
Agora você pode assinar o Jornal da Cidade Online através de boleto bancário, cartão de crédito ou PIX.
Por apenas R$ 9,99 mensais, você não terá nenhuma publicidade durante a sua navegação e terá acesso a todo o conteúdo da Revista A Verdade.
É simples. É fácil. É rápido... Só depende de você! Faça agora a sua assinatura:
Carlos Sampaio
Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)