Bandidolatria - foi-se o tempo...

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A grande mídia parou no tempo. Por muito tempo reinou soberana e impôs seus conceitos à população que não tinha voz, não tinha como opinar, não podia manifestar suas impressões, e isso facilitou demais para que ela fizesse suas manipulações, impusesse seus conceitos distorcidos e destrutivos e ditasse até a moda. Esse tempo acabou, mas ela ainda não se deu conta.

Com a chegada das redes sociais, as pessoas passaram a ter voz e desmontaram toda a estrutura de manipulação da imprensa e daqueles que eram exclusivos produtores de conteúdos.

Hoje qualquer um pode ter um canal no Youtube e qualquer um pode escrever sobre qualquer assunto, o que antes era um privilégio exclusivo dos jornais e emissoras.

Nós passamos a repudiar e a desarmar em tempo real todas as armadilhas armadas pela mídia, que agora agoniza sem credibilidade.

Quem ainda acredita no Jornal Nacional?

Qualquer notícia ali já virou ficção científica, com direito a efeitos especiais de péssima qualidade.

Vejam, antigamente muitos de nós engoliam com facilidade as narrativas impostas pelo cinema, onde faziam a romantização da criminalidade e impunham a ideia de que o marginal é uma pobre vítima da sociedade, muitas vezes dando-lhe aura de "Robin Hood tupiniquim" e em outras atribuindo-lhes a simples imagem de nossas vítimas.

Essa prática é antiga e já era bastante utilizada para retratar com extremo romantismo o amor, o carinho e o afeto com que o bando de Lampião invadia fazendas, estuprava mocinhas, matava pessoas a sangue frio, e fazia disso uma tamanha história de amor, que as pessoas passaram a ver Lampião como uma espécie de "herói da caatinga". Aí já começava a inversão de valores.

Depois do período militar a moda foi demonizar os militares e transformar em heróis os fofos terroristas que atiravam nas pessoas, roubavam bancos, sequestravam aviões e etc. "Pra Frente Brasil" (1982) e "Lamarca" (1994) são dois exemplos disso. Tudo muito lindo no meio da sétima arte, cujos autores e diretores engajadinhos procuraram mostrar o quão lindinhos eram os terroristas, todos armados com flores e cantando de mãos dadas "caminhando e cantando e seguindo a canção". Era bem assim, não é?

Agora vem aí "Mariguella", do ativista esquerdopata Wagner Moura, que promete tentar fazer do terrorista (fundador da ALN - Aliança Libertadora Nacional e um dos precursores da luta armada) um "herói nacional". Herói pra ele e para a corja dele.

Em seguida tivemos a época da bandidolatria. Pixote, Última Parada 174, Lúcio Flávio "O Passageiro da Agonia", Carandiru, Cidade de Deus e tantas outras produções tentaram de várias formas nos passar que o grande câncer da sociedade somos nós, trabalhadores, e não aqueles que escolhem o caminho da violência e do terror.

Na concepção dessa gente louca e amoral, todos são de alguma forma vítimas, menos nós. Nós, trabalhadores, somos a causa de existir a violência, porque é injusto alguém sair de casa às 5 da manhã e voltar ás 6 da tarde todos os dias, enquanto o outro, coitadinho, não tem essa oportunidade.

Não vai demorar e vão fazer o filme "Jacarezinho", contando a triste vida de cada um dos bebês mortos pela polícia malvada na última ação no Rio de Janeiro. Podem me cobrar!

Mas o bom é que agora é diferente. Agora nossas críticas são impressas nas redes sociais e eles não passam incólumes. Não adianta mais jornais, blogs, cineastas ou emissoras tentarem nos manipular, porque já não conseguem.

Nós agora temos voz. Bandido é bandido e mocinho é mocinho, e não aceitamos mais as inversões. A mídia deveria saber disso antes de tentar vitimizar as "crianças" do Jacarezinho.

Em tempos de "censura", precisamos da ajuda do nosso leitor.

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