Esquecido pelo STF, Sérgio Cabral pode ter causado um problemão para Dias Toffoli ... ou não!

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A Polícia Federal acaba de pedir, de forma inédita, a abertura de inquérito para investigar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.

Toffoli foi acusado em delação do ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, de favorecimento de dois prefeitos do Rio, em processos que correram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entre 2012 e 2016, período em que o magistrado atuou na corte. Em troca, segundo Cabral, o ministro do Supremo teria recebido R$ 4 milhões em propina pelas vendas das sentenças judiciais.

Segundo Cabral, acusado por vários crimes no exercício do cargo de governador, e já condenado há mais de 300 anos de cadeia, os repasses ilegais foram realizados por intermédio de Hudson Braga, ex-secretário de Obras do Rio de Janeiro, em esquema que envolveu o escritório da advogada e esposa de Toffoli, Roberta Rangel.

Em nota, Dias Toffoli, disse que desconhece qualquer investigação contra ele.

Se a notícia cai como uma verdadeira bomba, a sequência da mesma é um verdadeiro balde de água fria. Isso porque a Constituição determina que o inquérito só pode ser analisado pela última instância, que autoriza ou não a continuidade do mesmo, ou seja o próprio STF. Assim, a solicitação da PF está sob a mesa do ministro (colega de trabalho, partido e campanhas eleitorais, e que compartilha as mesmas convicções ideológicas) Luiz Edson Fachin.

A notícia foi comentada no programa Os Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan. Para o jornalista e comentarista Augusto Nunes, o STF tem obrigação de autorizar o inquérito. O jornalista José Maria Trindade lembrou que a homologação da delação de Sergio Cabral foi feita justamente por Fachin, mas que Toffoli, quando ocupou a presidência da máxima corte, arquivou 12 processos oriundos justamente de delações de Cabral. Por outro lado, o analista político Guilherme Fiuza ressaltou que “nesta temporada de soltura de Ladrões, que beneficiou, entre outros, Lula e Zé Dirceu, Sérgio Cabral não foi beneficiado”.

Parece que o ex-governador do Rio tem feito alguma pressão por meio de suas delações para também ser “lembrado” pelo STF.

Veja o vídeo:

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