Advogado de Manvailer encena agressão a Tatiane Spitzner e gera indignação nas redes sociais (veja o vídeo)

12/05/2021 às 12:05 Ler na área do assinante

O advogado, Cláudio Dalledone Júnior, que faz a defesa de Luís Felipe Manvailer, condenado, na segunda-feira (10), a 31 anos de prisão, pela morte de Tatiane Spitzner, simulou a cena de enforcamento da vítima durante o tribunal utilizando como “cobaia” a colega Maria Eduarda. As imagens são, no mínimo, surpreendentes e mostram que a advogada quase caiu, enquanto participava da encenação do enforcamento. O vídeo viralizou na internet e causou revolta.

Após o julgamento, Dalledone Júnior se defendeu das acusações e gravou um vídeo afirmando que Maria Eduarda faz parte da equipe de advogados criminalistas que acompanha o caso e consentiu, antecipadamente, a encenação.

"Ela participou de uma dinâmica simulada e reproduzida em plenário para que o cidadão jurado tivesse consciência de que seria impossível uma esganadura sem deixar marcas. Treinamos isso e ela não teve nenhuma lesão, não foi subjulgada”, explicou.

Maria Eduarda também aparece no vídeo e confirma a alegação de Dalledone.

"Foi tudo treinado. Não fui pega de surpresa e não acredito que isso esteja denegrindo minha imagem como mulher. Ao contrário, acredito que isso esteja realçando minha imagem como advogada e tenho convicção de que todas as outras advogadas concordam que para defender nossas causas e convicções estamos dispostas a tudo em plenário", afirmou.

A simulação dos advogados assustou até mesmo quem está acostumada a processos criminais. A vice-presidente da Ordem dos Advogados do Pará (OAB-PA), a professora criminal Cristina Lourenço, comentou o caso nas redes sociais e disse que Dalledone agrediu a colega para convencer o júri.

“A defesa do acusado, utilizando da plenitude do direito de defesa, agrediu a colega advogada em uma simulação para convencer o júri”, afirmou.
“Mas, será que a plenitude de defesa permite qualquer recurso? Permite a violação de limites éticos e direitos fundamentais?”, questionou.

O biólogo Luís Felipe Manvailer foi condenado, na segunda-feira (10), a 31 anos, 9 meses e 18 dias de prisão pela morte da esposa, no município de Guarapuava, no Paraná, em julho de 2018. Tatiane foi agredida, violentamente, esganada e jogada do quarto andar do prédio onde moravam.

O réu também foi condenado a pagar R$ 100 mil por danos morais à família da vítima.

Confira o vídeo:

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Fonte: R7

da Redação
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