Banco Central prevê “crescimento econômico robusto” no 2º semestre com os efeitos da vacinação

12/05/2021 às 20:02 Ler na área do assinante

Apesar da pandemia da Covid-19 e as consequentes medidas restritivas impostas por prefeitos e governadores no país, a economia brasileira deve apresentar um crescimento robusto no segundo semestre de 2021, na medida em que os efeitos da vacinação sejam sentidos de forma mais abrangente.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central afirmou, nesta terça-feira (11), que a avaliação faz parte da ata da reunião realizada na semana passada, que elevou a Selic de 2,75% para 3,5% ao ano.

“Prospectivamente, a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia ainda permanece acima da usual, mas aos poucos deve ir retornando à normalidade”, informou.

Mas, o colegiado fez um alerta sobre a ociosidade da economia brasileira em virtude de medidas muito restritivas e classificou os efeitos dessa desaceleração como “heterogêneos” para os setores.

“Enquanto o setor de bens opera com baixa ociosidade, o setor de serviços mostra dificuldades para se recuperar. O Copom avalia que os dados de atividade e do mercado de trabalho formal sugerem que a ociosidade da economia como um todo se reduziu mais rapidamente que o previsto, apesar do aumento da taxa do desemprego.”

Na reunião agendada para junho deste ano, a autoridade monetária nacional sinalizou que deve fazer um novo acréscimo de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros, subindo a Selic para 4,5% ao ano. O aumento das commodities no mercado internacional e o recente reajuste da energia são pontos de pressão na inflação a curto prazo.

O avanço da inflação continua sendo um fenômeno temporário, mas o Copom “segue atento à sua evolução.” O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) perdeu fôlego em abril (0,31%) se comparado a março (0,93%), mas, ainda assim, está acima do teto da meta inflacionária perseguida pelo Banco Central.

O cenário para a inflação envolve fatores de riscos, como a recuperação lenta da economia e a reedição de políticas públicas para aliviar os efeitos da pandemia e podem piorar a trajetória fiscal, pressionando o aumento dos juros.

“Levando em conta o cenário básico e o balanço de riscos, o Comitê avaliou que na próxima reunião seria adequado outro ajuste da mesma magnitude, caso não haja mudança nos condicionantes de inflação”, informou.
“O Copom reafirmou que essa visão para as próximas reuniões pode ser alterada caso haja mudança nas projeções de inflação ou no balanço de riscos, uma vez que a decisão continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, e das projeções e expectativas de inflação.”

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Fonte: JPNews

da Redação
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