Universidade estabelece cotas para trans e travestis na pós-graduação
08/05/2021 às 13:55 Ler na área do assinanteA Universidade Federal de Pelotas que queria instituir à força dois reitores, agora, estabelece cotas para travestis e transexuais que quiserem concorrer a vagas de pós-graduação. 5% das vagas serão destinadas a esses grupos. Isso porque, o conselho acadêmico da instituição aprovou a medida, por unanimidade.
“A iniciativa objetiva democratizar o acesso à pós-graduação e proporcionar oportunidades de melhor qualificação acadêmica e profissional para um grupo historicamente excluído e marginalizado na nossa sociedade”, informou a instituição, em comunicado emitido nesta terça-feira (4), data que a faculdade considerou “histórica”.
A UFPel planeja que, no futuro, haja mais professores desses dois grupos na universidade; para que os alunos tenham em quem se “espelhar”.
Esta não é a primeira vez que a instituição causa polêmica. Em janeiro deste ano, de saída, o ex-reitor da universidade, Pedro Hallal,ofendeu o presidente Jair Bolsonaro em live e afirmou que o reitor escolhido por ele não tomaria posse sozinho do cargo.
“Nenhuma universidade do Brasil teve a coragem de fazer o que a UFPel vai fazer: a UFPel vai ter a sua primeira dupla de reitores da história. O reitor eleito e a reitora nomeada vão trabalhar lado a lado, tomando juntos todas as decisões sobre o futuro da UFPel”, disparou, destacando que a entidade será comandada, pelos próximos quatro anos, por Paulo Ferreira Júnior, reitor eleito pela comunidade acadêmica e Isabela, reitora nomeada pelo chefe do Executivo.
E completou:
“O presidente jamais terá sossego aqui, na UFPel! Será marcado como um ato de resistência histórica. O senhor não manda, absolutamente, nada na UFPel! Quem manda na UFPel é a nossa comunidade. O senhor é desprezível!”
Em março, Hallal teve que assinar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Pois, o deputado federal, Bibo Nunes (PSL-RS), havia ingressado com uma representação na Controladoria-Geral da União (CGU) para tentar exonerá-lo da instituição. Com medo, o professor acatou o termo que se referia a casos de infração disciplinar de menor potencial ofensivo para, assim, manter o cargo público.
Ele chegou a afirmar que ''acolher a decisão da Controladoria-Geral da União (CGU)'' era o melhor caminho para encerrar a ação.
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Fonte: GauchaZH
da Redação