Weintraub constata: “Apareci em pesquisa de intenções de voto para 2022 e comecei a ser atacado” (veja o vídeo)

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Em entrevista ao programa da Jovem Pan, “Direto ao Ponto”, na segunda-feira (3), Abraham Weintraub, diretor-executivo do Banco Mundial, revelou que uma pesquisa encomendada pelo site Valor Econômico, do Grupo Globo, em abril deste ano, apontou o ex-ministro da Educação do Governo Bolsonaro com 1% das intenções de voto.

Apesar de nunca ter confirmado candidatura, Weintraub disse que começou a receber ataques de grupos poderosos.

“Eu abri o jornal um dia e estava escrito: ‘Weintraub processado por improbidade administrativa’. Pôxa, eu fiquei assustado porque sou leigo nisso. Improbidade administrativa pra mim é corrupção. Eu cliquei em cima e era porque falei que tinha droga em universidade. Isso é revoltante”, comentou.
“Eu não sou político, mas sou uma pessoa pública e começaram a lançar meu nome para cargos. De repente, isso ameaçou o establishment e o mecanismo tem medo de mim. Apareci em uma pesquisa de opinião e começaram os ataques. Além da improbidade, apareci no ‘Fantástico’ porque, há um ano e meio atrás, eu soltei um tuíte ‘tirando sarro’ da proposta de uma deputada que queria que o Estado provesse absorvente para mulheres pobres. Eu acho que o mecanismo ficou apavorado”, completou.

Residindo nos Estados Unidos, Weintraub admitiu que quer retornar ao Brasil, em breve, e, apesar dos rumores de que sairá candidato em 2022, ele não confirmou.

“Para mim, tudo é uma novidade. Eu nunca imaginei que seria político ou que seria conhecido no Brasil. Na minha família, não tem nenhum político e eu acho que nunca seria um político porque eu sou muito franco. O que eu vi no Congresso não é o meu estilo. Eu me disponho a lutar para que o Brasil não vire uma Venezuela, mais importante do que o cargo que eu vá ocupar é estruturar um time/estratégia para evitar essa crescente de autoritarismo, monopólios junto com o marxismo cultural. Nós tivemos vitórias e, agora, teve um retrocesso”, avaliou.

E completou:

“Meu papel, hoje, é tentar construir uma base conservadora para o presidente se livrar dessa dependência do Centrão e poder inflexionar o governo para a direção vencedora”, afirma.

Abraham Weintraub falou sobre os percalços de ser ministro da Educação e relembrou sobre a má gestão da pasta em governos petistas.

“Um livro para cego em braile era R$ 700 a unidade e você ligava e eles diziam que podiam cortar pela metade o preço. Tinha muita coisa errada. Encontramos ‘buracos’ e identificamos 40 bem graves e encaminhamos para o MP. Na parte de doutrinação, tinha casos leves até, mais esdrúxulos. O problema do livro didático não era só a doutrinação, mas a técnica de alfabetização”, disse, referindo-se ao ‘método Paulo Freire’.

Sobre a manutenção das escolas em época de pandemia, o ex-ministro disparou:

“Na época, eu disse que era cedo para fechar as escolas e nesses meses a mais poderíamos ter um direcionamento melhor. Conseguimos distribuir o material didático a tempo, mas faltou orientação e as crianças ficaram alguns meses sem comida. A gente poderia ter feito de forma menos abrupta, se não tivesse tanto pânico”, lamentou.

O diretor do Banco Mundial também afirmou não ser verdade denúncia de um sindicato de que teria falado mal da CoronaVac. O caso é investigado na Comissão de Ética do Banco Mundial.

“Essa denúncia foi feita pelo sindicato daqui. O Banco Mundial recebeu a denúncia e era sigilosa e, coincidentemente, ‘vazou’ para nove jornais dizendo ‘fontes disseram que foi feito essa denúncia’. Eu não tive acesso à carta porque foi feita fora dos padrões do Banco Mundial. Eu sou contra a CoronaVac? Não, eu votei a favor de todas as vacinas para liberar no BM. Tem muita coisa errada nessas críticas a meu respeito”, finalizou.

Confira o vídeo:

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Fonte: JPNews

da Redação Ler comentários e comentar