“Ele é muito ligado à Marina Silva. É um militante político”, afirma Salles, sobre delegado que abriu notícia-crime contra ele (veja o vídeo)

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Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, rebateu as acusações feitas pelo delegado da Polícia Federal, Alexandre Saraiva, de que teria agido para impedir que madeireiros na Amazônia fossem autuados. Notícia-crime contra ele foi apresentada pelo delegado no último dia em que estava no cargo de Superintendente do Amazonas.

Salles se defendeu e disse que a representação da notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) é uma “história vergonhosa” com o objetivo de “criar fatos que não existem”.

“Tenho me mantido bastante contido em relação aos fatos porque o que consta na notícia-crime é mentira de ponta a ponta”, afirmou, ressaltando que as declarações buscam indiretamente atingir o presidente Jair Bolsonaro.

E completou:

“Ele (Alexandre Saraiva) é muito ligado à ex-ministra Marina Silva e, mais do que, efetivamente, delegado, ele é um militante político lá, dentro daquela Operação”, denunciou Salles.
“Essas acusações do delegado são uma tentativa ridícula de criar algum fato para me atingir e, com isso, atingir o presidente da República. Só que, como eu não devo nada e não fiz nada errado, tenho absoluta consciência daquilo que fiz e faço como ministro do Meio Ambiente. Posso olhar na cara das pessoas, como estou aqui, e dizer o que eu quiser. Não devo nada para vagabundo nenhum”, disparou.

O ministro do Meio Ambiente esclareceu o posicionamento do Governo Federal e a motivação da reunião em Brasília, que contou a participação de senadores, deputados, além do secretário do Ministério da Justiça, procurador-geral do Estado de Roraima e outras autoridades. O foco do encontro era ouvir os madeireiros, que estavam “há 100 dias com a carga apreendida” e sem possibilidade de apresentar defesa.

“Eles foram à secretaria de governo pedir para ajudá-los”, explicou Salles.
“Precisava ser dada resposta e não deixar a carga apreendida por 100, 120, 140 dias para que lá na frente, se eventualmente for ilegal, nem destinação é possível dar. E se ela for legal, pior ainda, porque aí terão dado prejuízos às pessoas, desempregados na região eventualmente por uma decisão que tardou”, afirmou.
“Se tiver ilegalidade, puna todos eles. O que não pode é ter sentimento que estão sendo perseguidos”, completou.

Por causa da denúncia feita pelo delegado federal, é possível que a Câmara dos Deputados abra uma CPI para investigar o caso. Além disso, a ministra do Supremo, Cármem Lúcia, também solicitou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o assunto.

O ministro do Meio Ambiente, no entanto, não se intimidou e já disse que responderá, consistentemente.

“Vou apresentar as minhas razões, responder às mentiras que tem sido vinculadas como retaliação. Isso vai ser respondido nos autos e a resposta é bem consistente”, finalizou.

Confira o vídeo:

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Fonte: JPNews

da Redação Ler comentários e comentar